quinta-feira, 31 de março de 2011

Michele.

Durante toda a semana o sol nos brindou por aqui. Eu não queria dizer nada não, mas eu nem precisava dele...

Aí hoje, quando eu precisei... Bom, obviamente ele ficou tão emocionado que esqueceu de aparecer. A chuva tomou seu lugar e eu... bem, eu me fodi.

Havia um carregamento que chegaria de São Paulo, era vital pro andamento da minha obra, tudo dependia dele. Com a chuva ele não veio e eu fiquei na mão.

Não fosse só isso, uma operação policial resolveu acontecer. Então já viu... Tiro. Gente nervosa. Mulher de traficante escandolasa... e blábláblá

E minha cota de má sorte não ficou por aí. Enquanto escrevo estou ao telefone ouvindo a Michele, que tem um sotaque bastante característico.

A Michele é simpática, parece ser bonita (eu julgo vozes).

Eu preciso que ela me explique um pequeno porém a respeito e um dos meus cartões... Aliás, se eu tivesse de dinheiro o que tenho de cartões, estaria rico. Mas não, sou pobre e cheio de cartões inúteis.

Enfim, a Michele me deixou esperando. Já tem tanto tempo que estou ouvindo essa musiquinha chata que sinto saudade da voz dela. Vez ou outra ela volta e diz: “Senhor Leonardo, estou verificando no meu sistema, aguarde mais alguns instantes, por favor.”

Aí eu aguardo, afinal não tenho escolha. Sem contar que, me perdoem por isso, mas a Michele tem uma voz muito sexy. Do tipo que não pede, ordena com carinho.

Bom, agora ela voltou, demorou 6 minutos pra responder apenas: “Senhor Leonardo, o pedido já consta no sistema, o senhor precisa esperar 10 dias úteis e o desbloqueio é feito em qualquer caixa eletrônico.”

Eu agradeço e ela diz: “Posso ajudar em mais alguma coisa?”

Mil e uma respostas me passam na mente, mas né, vamos respeitar a Michele.

“Não, Michele, muito obrigado. Boa noite.”

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