quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Um ensaio sobre a infidelidade.

Nomes não são importantes, histórias são importantes.

Sexta-feira era o dia de ir pra casa do amigo jogar poker.

O amigo era solteiro e a esposa dele odiava que ele ficasse por lá muito tempo. Segundo ela (e aqui peço desculpas para as damas e puritanos que me lêem, mas preciso usar termos de baixo calão para fazer jus ao sentimento da esposa) na casa do amigo solteiro a “putaria rolava solta”.

A esposa exagerava, a casa do amigo nunca foi um prostibulo ou casa de tolerância, porém era fato que o bem apessoado amigo conquistava muitas donzelas.

Ah! E ao fazer uso da palavra donzela não o faço pela definição “mulher virgem” e sim tento ser respeitoso. Apenas isso.


Deixando de blábláblá, vamos ao que realmente importa: A traição.

Já muito revoltada com o poker do marido a esposa se deixou levar por algumas amigas e se convenceu que o esposo a estava traindo. Ainda influenciada por tais amigas resolveu dar o troco.

O marido, rapaz de bem e fiel e que realmente só jogava poker com os amigos desconfiou das saídas a esposa e influenciado por amigos se convenceu que ela o estava traindo e resolveu também dar o troco.

Ambos eram horríveis no tema “traição” e demoraram séculos pra arrumar amantes.

Até que em uma sexta feira o marido resolveu ir a uma boate. Bebeu bastante e papeou com uma senhorita muito bem afeiçoada. Coincidência ou não ela conhecia um de seus parceiros de poker, o que ajudou-os na conversa. Papo vai, papo vem... Ele acabou bêbado na casa dela.

O clima começou a esquentar, mas sem muito contato físico ainda, somente verbal... Quando tudo parecida rumar para o popular “rala e rola” a campainha tocou, era uma amiga dela desesperada por alguma coisa...

Ele estava no quarto dela e ali acabou ficando... As amigas ficaram na sala ao lado até que ela subiu e se desculpou. Informou que aquela amiga havia acabado de tentar trair o marido, mas na hora H desistiu e precisava de consolo. Ele entendeu tudo numa boa, ele ia tomar uma ducha e voltar pra casa.

No chuveiro a consciência pesou e ele ligou para a mulher.

Ninguém em casa.

Preocupado ligou para o celular dela e...


... e o ouviu tocar na sala ao lado.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Um ensaio sobre a solidão.



Sabe quando tua vida lembra certos momentos do MSN?

Tipo, ta todo mudo ali, mas não tem ninguém disponível.

Ultimamente está é minha vida.

As cosias acontecem o tempo todo com todo mundo. Natural.

Porém, em determinados casos coisas realmente sérias acontecem com as pessoas, nessas horas as pessoas perdem um pouco da segurança e do sossego.

Eu, por exemplo, gosto de dividir, ser ouvido e assim organizar melhor as coisas na mente. Fato que ninguém gosta de ouvir os problemas alheios, mas algumas pessoas se importam com outras. A essas pessoas, geralmente, denominamos “amigos”.

Mesmo que a paciência os falte, ainda é possível se sentir melhor, basta não estar sozinho. Eu não preciso falar pra ficar numa boa, ouvir também é bom. E, ainda mais agradável, se divertir.

O problema é quando as cosias desmoronam, quando os problemas estão além de uma nota baixa ou de uma gripe. Quando tudo realmente fica ruim é inevitável, preciso relaxar.

E aí é a dificuldade, sozinho só consigo pensar em problemas.

E pode parecer exagero da ironia que rege minha vida, mas antes dos 25 já desenvolvi um sério problema de saúde derivado do estresse. E a pior coisa do mundo é ficar ouvindo gente que nunca se deu o trabalho de me ouvir, de saber o que eu passo ou passei na vida, dizer que eu sou exagerado. Maluco. Preocupado demais.


Bom, a verdade é que quando a vida vira de ponta cabeça ganhamos uma vida nova. De cabeça pra baixo, mas nova.


Feliz Natal. Ho! Ho! Ho!



segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A vitima manda.

Ele acordou cedo, evidentemente contra a vontade.

Café. Ele não viveria um dia sem café.

Banho e rua, pra trabalhar.

Pessoas normais ocupam cargos maçantes em escritórios fedendo a cigarro.

Ele não.

Inclusive, nunca fumou. Odiava qualquer fumaça. Porém sempre andava com um maço de cigarros no bolso da jaqueta e um cigarro avulso, hora na boca, hora entre os dedos.

Motivo?

Charme, segundo ele.

Seu trabalho era mal visto pela sociedade, aliás, a polícia se quer poderia desconfiar dele.

Mas a policia não só sabia como era conivente.

O trabalho dele?

Matar pessoas.

Se ele era bom?

Era o melhor.

Quantas vítimas?

Milhares.

Fatais?

Nenhuma.

Ué, como assim?

Não se sabe direito. A coisa toda se resume em alguém ligar querendo encomendar um assassinato, ele diz o preço e recebe a metade, depois ele trabalha descobrindo os motivos do mandante, descorbeto isso pensa em uma forma de salvar a vitima. No fim ele convence o mandante que a vitima não merece morrer: ou merece ser punida de outra forma, ou perdoada.

Aí acabou?
Não, ele avalia o potencial vingativo da vitima. Se for promissor, ele diz que foi contrato para matá-la e oferece o serviço de vingança: Matar o mandante. A vitima, quando boa vingadora, paga o preço dele. E ele faz seu serviço: Convence a vitima mandante que o mandante vitima não dever ser morto.

Certa vez ele ficou nesse ciclo vicioso por meses.

Recebeu do mandante, avisou a vitima, recebeu da vitima que virou mandante. Aí o mandante que agora era também vitima, foi convencido a mudar de idéia e virou somente vitima. Aí a vitima inicial, que agora era mandante também, por consequência deixou de ser vitima e passou a ser só mandante. Na posição de mandante, foi convencida a mudar de idéia, sobre o argumento de que a vitima lhe havia poupado a vida. A vitima, que no inicio era mandante, ficou sabendo que tinha ido parar no papel de vitima e resolveu reclamar seu papel de mandante mais uma vez. E o mandante, que no inicio era vitima, voltou a ser vitima sem nem saber. O cara, que estava ganhando muito bem, resolveu alertar a vitima, que era mandante, mas que começou como vitima, que ela era vitima mais uma vez. Indignado por voltar ao papel inicial, resolveu abortar seu perdão e reclamar o papel de mandante. Agora eram dois mandantes e nenhuma vitima. O cara estava ganhando em dobro, feliz voltou ao jogo avisando ambos e tornando-os assim, vitimas.

Infelizmente o jogo acabou, irritados com o jogo, um resolveu atirar no outro. Morreram sem pagar a ultima parcela, que aquela altura já era a 8ª parcela ou algo assim.

Mais um capitulo na minha vida:

Piripaque.

Estava eu vivenciando uma sexta-feira comum. Eu ia sair de casa, tava doido pra sair de casa. Aí o Universo deu uma conspirada...

Estava me sentindo perfeitamente bem e saudável.

Levantei pra beber um mate gelado, pq tava fazendo um calor muito grande...

Antes de chegar na cozinha comecei a passar mal... Corri no banheiro e chamei o Raul.
Comecei a tremer e me sentir meio tonto.

Pensei: Perdi minha noite de sábado.

Tomei uma água... Deitei no chão... E voilà!

Me senti bem de novo. Imaginei que era só mais um mal estar. Alguma coisa que eu comi e etc...

Voltei pro computador. Mas tudo já estava desencaminhando... A namorada já tinha me trocado pela preguiça... O tempo passou rápido e eu já estava atrasado pra fazer qualquer coisa... E o carro nem tava na garagem.

Mas sou um cara teimoso.

Conclusão, nunca desisto.

Conclusão da conclusão, sempre me estrepo.

Fui tomar banho, pq mesmo sozinho e a pé eu iria sair e estava decidido.

Aí voltei a passar mal e realmente precisei sair. Hospital, aí vou eu.

Como terminou o dia infeliz?

Eu vivo. Mas querendo abandonar o curso de engenharia da faculdade pra fazer medicina.


quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Cinema

Já tive fases e fases no cinema. A fase atual é desastrosa.

E por desastre entenda entrar na sala de cinema e em vez de ver filme, ver problema de projeção.

Quando acontece só um vez, você até pensa: Ah! Ok! Hoje eu não tive sorte... Só isso.

Mas e quando são duas vezes?!

Ou três?!

E em sequencia?!

Sim, pois ultimamente eu tenho ido muito ao cinema. Sabe, eu adoro cinema. Até sozinho eu vou quando não consigo arrastar ninguém comigo. Mas eu gosto de ver filmes. Não de ver problemas.

E agora vou dizer como foi a ultima dessas minhas três visitas ao cinema.

Consegui levar um amigo e um irmão.
O filme era uma grande produção.

Meia hora de trailers e propagandas.

E voilà! Começa o filme... A imagem lá, na tela grande...

Ou melhor, parte da imagem na tela e parte da imagem na parede.

Alguém deveria reclamar, mas ninguém se manifestou. Obviamente que eu não fiquei parado. Não sei você, mas não curto muito a idéia de ver metade do filme na tela e metade na parede.

Saí correndo da sala em busca de alguém que me pudesse ajudar.

Nessa hora eu percebi que não havia nos corredores do cinema uma plaquinha: Ajuda.

Ok, cinema não é windows.

Fui até o final dos corredores e achei um infeliz com o uniforme do cinema. Fui na direção dele e ele abriu a porta pra eu sair. Quis dizer: “Não quero sair, seu idiota! Quero ajuda pra ver o filme!” Mas disse:

- O filme da sala 5 tá com problema!

Ele aparentemente me ignorou, fechou a porta que tinha aberto pra eu passar e virou pro outro lado:

- Ô rebeca, ta com um problema num filme lá...

Olhei pra Rebeca, que aparentemente era o neurônio dominante ali:

- É, na sala 5. O filme tá cortado e parte da projeção ta na parede.

O gênio que olhou pra mim enquanto eu falava com a Rebeca fez o seguinte comentário GENIAL para a Rebeca:

- O filme ta cortado.

A Rebeca que estava olhando pra mim enquanto eu falava olhou pra ele e perguntou:

- Quem ta lá?!

Quis responder:

“Um monte de gente que pagou pra ver o filme na tela, em vez de vê-lo na perde??!”

Mas a pergunta não foi pra mim.

O gênio respondeu:

- Não sei.

Pensei em um palavrão. No caso, o palavrão foi: Puta que pariu.

Nisso outro funcionário passou por ali. Rebeca o chamou:

- Marcelo, quem ta na projeção da sala 5?

E ela o fez na maior calma! E eu ali, perdendo o filme...

O Marcelo foi andando e sentou do lado da Rebeca, ignorou minha cara de indignação e perguntou pra Rebeca:

- Não sei, por quê?

Rebeca usou todo o seu domínio da língua portuguesa pra responder:

- Ta com um problema lá

O terceiro neurônio do grupo, Marcelo, perguntou:

- Que problema?

Respondi, antes que outro pseudo ser humano ali respondesse:

- Ta pegando fogo num pedaço da tela!

Não achei que isso ia funcionar. Mas né, subestimei a burrice deles.

Marcelo saiu correndo numa velocidade que me assustou! Fui correndo atrás, achando aquilo o máximo!

Ele entrou na sala cinco e ia andando em direção a tela, como se pra resolver um incêndio você precisasse ir colocar o seu nariz nele. E eu corri pro meu lugar.

Evidentemente ele percebeu que a tela não estava pegando fogo , mas não tinha mais como me achar no escuro do cinema.

E já que ele estava ali, e o filme estava na parede, ele resolveu chamar alguém pelo radio e o problema se resolveu. Antes disso ele saiu da sala e o filme continuou ruim, pensei que teria que convencer outra pessoa a sair do cinema e inventar outra tragédia. Mas enquanto eu tentava fazer isso o filme voltou ao normal.

Como diria o Dr House:

"People lie for thousands of reasons. There's always a reason."

Ver o filme pelo qual você pagou pra ver, na minha cabeça, é uma ótima razão.

Moral da história: Nunca subestime a falta de inteligência e falta de boa vontade de alguém que pode resolver o seu problema.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Dias difíceis.

São so 9 e meia da manhã e eu ja detonei meia jarra de café. Sozinho.

Isso faz com que algumas vozes soem na minha cabeça.

As vozes dizem: Exagero. Exagero. Úlcera. Exagero. Exagero. Exagero.

Normalmente essas vozes me fariam parar. Elas me fariam levantar e jogar todo o resto do café fora. Mas hoje elas não estão funcionando.

Eu ja tive problemas por causa do café. Quem me conhece sabe disso. Mas eu também ja tive problemas com a empresa que me presta serviço de telefonia movel e nem por isso as pessoas me pediram pra tirar ela da minha vida.

Então tô ai. Eu e o café. Firmes, fortes e sem açúcar porque hoje eu não tô pra brincadeira.

Duas coisas tem um grande destaque na minha vida. Digo coisas, não pessoas.

Essas coisas são o café e os elevadores.

Cada uma esta de um lado. O café esta no lado bom. Os elevadores estão no lado ruim.

E eu tô ali, entre o bem e o mal.


Me desejem sorte, ou sentem comigo pra tomar um café. Mas subam de escada, essa é minha dica.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Gafe

Vamos listar gafes cometidas por mim um amigo de um amigo meu?

Ok, vamos la...

- Oooooiii! Quanto tempo!!
- Eita! Fulana??? Nem te reconheci! Da ca um abraço!
- Nossa! Nunca imaginei que ia te encontrar por aqui! E eu quase não te vi!
- Pois é, e eu quase não te reconheci!
- Aé, mudei muito?
- Não, não muito... Teu cabelo ta diferente, né?!
- Pois é! E Você! Caraca! Você ta de barba! Tive que olhar duas vezes!
- Hahahaha! E você cara, o que fez com aquela cabeleira toda?!
- Ah! Eu não aguentava mais! Resolvi mudar sabe?
- Tô vendo! Da uma voltinha...
(ai a pessoa da uma voltinha)
- Você ta mais gorda?

Fim de papo.

Se você acha que nosso herói morreu ligue para: 0800 42 sexta feira 88 jogo da velha vírgula
Se você acha que nosso valente e sincero amigo sobreviveu ligue para: Alguém desocupado e marque um programinha legal para essa noite
E se você acha que nenhum dos pedaços foi encontrado ainda ligue para: Sua prima que mora longe

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Mudando de assunto, sera que podemos continuar falando sobre a mesma coisa?

Mudar de assunto (ou fugir do assunto) é uma arte. Sim, arte mesmo, exige um dom ou muito treinamento e esforço.

Desde aquela "mudada" de assunto cara de pau, até aquela discreta que é capaz de salvar um relacionamento.


Se eu fosse o tipo de pessoa que para pra estudar o comportamento e peculiaridades do ser humano(cof cof), eu iria dedicar algum tempo a esse estudo. O estudo da evasão argumentativa.

Apesar de não fazer o perfil "pessoa que estuda e analisa pessoas" o tempo todo(cof cof de novo), em alguns momentos do meu dia isso é inevitável. O engarrafamento, por exemplo.

No engarrafamento de hoje, lembrei de uma conversa de ontem. Uma conversa onde a fuga do assunto principal se mostrou tão evidente que achei que era piada.

Na ocasião eu ri.

Não era piada.

Fiquei com cara de idiota sem graça.

Fingi que cai na conversa fiada e deixei o assunto ser mudado. So minha risada ficou sem explicação.

Sabe quando a pessoa é extremamente cara de pau?

Tipo assim:

- Nossa, ela é linda!

- Aé?! Cê acha? Ela é mais bonita do que eu?

- ... (Tensão no ar) ... Não. Você viu que o Papa tava vestindo um chapéu estranho na missa que passou na TV ano passado?

E ai que eu me pergunto se isso não é uma afronta a inteligência da pessoa.

Não sei se é mais uma das minhas doenças mentais, ou se é com todo mundo, mas coisa comum na minha vida é ver gente mudando de assunto assim. Na cara de pau.

E não fique ai pensando que eu não faço isso. Eu faço sim. Eu também mudo de assunto e também sei ser incoerentemente cara de pau. Mas geralmente quando o sou tenho por objetivo ser desmascarado. Chamo isso de doce.

Mudo de assunto para que a pessoa possa se sentir a vontade para fugir dele se for desconfortavel pra ela continuar. E quando o faço na cara de pau é porque na verdade eu quero que ela fique no assunto e diga algo do tipo:

- Ah! Não vai mudando de assunto não!

Assim eu fico mais a vontade porque sei que dei a chance de a pessoa abandonar o tema e fico mais confortavel por ela não o ter abandonado.

Mas no geral a pessoa ou não percebe minha intenção ou se quer percebe que houve uma mudança no assunto, ou percebe tudo e prefere realmente não voltar a falar daquilo, seja aquilo o que aquilo for.

Entendeu?


Mas vou admitir uma coisa aqui, so entre a gente... Eu sou muito ruim na arte da fuga.

Sim, sou um câncer dessa arte.

Algumas vezes as pessoas me deixam a vontade e eu não penso, so falo. Nessas horas acabo por deixar "escapulir" certas coisas... Entro em um breve pânico, onde rezo para a pessoa não ter dado atenção e logo em seguida engato uma fuga. Geralmente em vão.

Ha também as vezes em que sem querer entro num assunto que ou me inibe ou me irrita. E é nesse momento em mostro toda a minha falta de talento:

- Você realmente fica incomodado com isso? Porque não faz sentido isso não é pra incomodar, essa coisa é assim mesmo e não vai mudar e você tem que se acostumar porque...

- Uhum. Reparou que agora eles colocaram câmeras nos ônibus?

Sim, eu realmente uso a pior desculpa. E a que menos faz sentido. Eu ajo como se fosse novidade uma coisa que ja esta tão velha e manjada como andar pra frente.



Conclusão. Sou bom em reparar quando mudam de assunto, mas sou péssimo quando é a minha vez de mudar.

E não sei explicar isso... Talvez porque hoje eu tenha atendido a um telefone onde eu deveria falar francês, mas na hora o francês simplesmente SUMIU da minha cabeça e eu acabei falando inglês.

Me toquei que isso era errado e que eu não sou bom em inglês e fui me desculpar e explicar e so no meio da explicação me dei conta que ainda tava no inglês e comecei a gaguejar e misturar inglês com francês e ...

Enfim. Mudei de assunto.




P.S.: Percebeu a piadinha do "Mudei de assunto"?
Percebeu que explicar uma piada é uma forma de desviar a atenção do ouvinte/leitor do objetivo principal?
Percebeu que eu tô mudando de assunto mais uma vez?

Alors, cette c'est ma heure... i gotta go... arrivederci

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Tô pensando em reativar meu blog.



Quero um espaço pra falar sobre meu cotidiano, um espaço maior do que os 140 caracteres do twitter.

Ai você me pergunta:

Nossa, Leo, teu cotidiano é tão interessante assim a ponto de você precisar de mais espaço?

E ai, se você perguntasse realmente isso, eu responderia:

Não.

Objetivamente falando, minha vida e meu cotidiano não são muito interessantes. Quer dizer, não tão interessantes quanto a de uma estrela Pop, por exemplo, mas ele tem la suas peculiaridades.

Sem contar que eu gosto de dividir experiências . Inclusive, talvez até principalmente, as inúteis.

Por exemplo, hoje mesmo estava eu trafegando por via muito movimentada do Rio de Janeiro quando um pequeno acidente ocorreu.

Eu estava em um ônibus e estava em pé de frente pra uma janela, o que me daria uma visão muito boa do acidente, não fosse o detalhe de o acidente acontecer com um outro ônibus.

Os ônibus são altos e o carro bateu na lateral do ônibus. Na lateral oposta a que eu tinha visão.

Quer dizer, eu podia ver nitidamente todo o lado direito do ônibus que se envolveu no acidente, mas o carro resolveu bater no lado esquerdo, lado esse que eu não conseguia ver.

Conclusão, eu ouvi o barulho, mas não vi nada.

O que tem de interessante nisso?

Nada.

Mas acho curioso o fato de ser tão curioso.

Eu explico.

O fato de não ter conseguido ver o acidente me deixou extremamente inquieto.

Você deve me achar um tremendo fofoqueiro agora. Talvez eu até seja mesmo. Mas a questão, pra mim, não era comentar. Se eu tivesse realmente visto o acidente eu não ligaria a mínima pra ele. Mas so por eu não ter visto, eu fiquei com vontade de ver.


Isso é normal?


Resposta provável:

Não.

sábado, 6 de novembro de 2010

Eu e as listas de chamada.




Existe uma coisa no mundo acadêmico chamada lista de chamada.

Conhece?

Na teoria era só um pedaço de papel, onde no topo são colocadas algumas informações sobre a turma... Como numero, horário da aula e etc.
Na parte de baixo cada aluno presente escreve seu nome.
O objetivo é que com isso o professor pode controlar a freqüência dos alunos. Geralmente este método é utilizado quando o professor esquece a pauta dele em casa, ou na secretaria... Ou até mesmo esta com preguiça.


O funcionamento é, aparentemente, simples.

O aluno sentado em uma ponta da sala escreve o seu nome e passa a lista para o aluno sentado imediatamente atrás. O ultimo passa para o aluno ao lado e esse passa pro que esta imediatamente à frente. Seguindo este raciocínio a folha de papel passa por toda a sala de aula e todo mundo assina.



Na pratica, nunca é assim. Sempre dá merda.

E aí eu pergunto: Cara, que tipo de ser é tão incompetente a ponto de não conseguir seguir uma sequência tão simples?!

Sempre tem um amiguinho do lado pra quebrar a corrente.

Então, meu caro, se te perguntarem por aí o que me tira do sério, você pode responder:

Gente idiota que não sabe passar lista de chamada.

Então, será que eu posso falar um pouco com você sobre minhas ultimas horas?


Posso? Obrigado, você é muito gentil.

Para explicar exatamente todas as minhas ultimas emoções, eu teria que detalhar e narrar muitas histórias, isso tomaria muito tempo e seria tedioso pra quem lê. Mais tedioso, talvez. Então, em resumo, posso simplesmente publicar trechos e deixar que você mesmo entenda. Do seu jeito.

Primeiro eu queria falar de uma espécie de irritação. Aquela que te consome vagarosamente e que você se sente mal por se deixar levar. Na verdade, você não queria sentir aquela irritação por aquele motivo. Mas sentiu. Paciência.

A minha, no caso, veio por ter que ver pessoas dizendo a outras pessoas o que eu queria, aliás queria há muito tempo, ver elas dizendo pra mim.

Porque isso me irrita?

Olha, sinceramente, é difícil explicar. Só estando na minha pele.

Se bem que... Talvez não precise estar na minha pele, mas precisaria no mínimo ter estado perto dela nos últimos tempos. Aí faria sentido. Pode acreditar.

Enfim, eu acho que às vezes a pessoa precisa ouvir certas coisas. É importante pra um entendimento melhor das circunstancias. Até porque deduzir é muito complicado... Objetividade, sabe? Ouvir sem meio termo. E sem terceiros, de preferência. Só Pá e Pum. Eu e você, você e eu. Tiro e queda.

Afinal, existem coisas que são desagradáveis de se ouvir, mas não por isso sejam menos importantes. Eu penso assim. Sou ruim em verbalizar as coisas, mas o faço por achar que é, realmente, necessário.

E olha, falar não é tão fácil quanto parece, mas ouvir... Ah! Ouvir, meu querido, é muito, muito mais difícil. Mas tem que ser feito. Ponto.

E às vezes o momento passa. Você não ouve o bom, só o ruim lhe chega aos ouvidos... Aí tua boa vontade se esvai. Cansa. E quando você vê o bom chegando a outros ouvidos que não o seu, tu se questiona. Questiona os teus merecimentos. E é assim que se fica puto, irritado. E é pelo mesmo motivo que você repugna a própria irritação.

Aí chegamos ao segundo momento, que é quando você tenta ignorar a própria irritação. Finge que esta tudo bem. Até porque você não tem mais o que fazer... Não dá pra simplesmente exigir explicação. Você não foi suficiente, não foi feliz. Já era, senta e abre uma cerveja. A vida segue. Paciência.

Escolho a vida sem irritação. E o que acontece?

As coisas fogem ao meu controle. Você tenta argumentar com as pessoas, sobre coisas banais. Aí com algumas você consegue. Outras preferem pular fora e te deixar falando sozinho. Mas sempre tem aquela que fica. Fica até o fim. Não te deixa falar, fala antes. Reclama. Chora. E você, faz o que?

Outra emoção cruel. A culpa.

Nem era por ela que você estava realmente irritado. Mesmo assim a culpa vem, senta e toma um pouco do teu café... Sem nem pedir.

Conheço gente que vai embora. Ignora a culpa. Simplesmente não se preocupa.

Talvez estejam certos e eu errado.

Mas a culpa, quando é minha, não me deixa. Impossível ignorar. Prefiro correr atrás, resolver o que for. Aí posso ir dormir. Antes disso não.



Tudo resolvido? Mais problemas?

Não.

Já se perguntou por que eu queria ouvir?

Então, é porque eu também queria falar.

Eu tinha coisas pra falar. Tinha não, tenho. Todos têm. Às vezes não conseguimos, esquecemos por um segundo, o silencio fala mais alto... Enfim... O que importa é que no fundo, sempre tem uma historinha banal.

Ou uma historinha importante.

Sabe aquele clichê do fazer o que gosta?

Pois é realmente legal.

Mas ser reconhecido, nossa! É muito mais legal.

Só que em certos momentos é difícil dividir a alegria desses reconhecimentos. Pra você aquilo foi uma GRANDE coisa. Você rapidamente vai lá naquela pessoa que você gosta e que esta mais próxima e fala logo. Diz logo o que aconteceu. Não tem tempo pra explicar, mas diz que aconteceu, o resto a gente conversa depois.

Aí depois ela nem lembra mais.

Isso não é exatamente triste, é um pouco engraçado até. Você se sente meio bobo, infantil. Acha que ficou feliz com pouco. E ficar feliz com pouco é muito bom. Eu adoro ficar feliz com pouco. Coisas pequenas geralmente me alegram. Pode ser meio esquisito, mas esse sou eu.
E é isso aí, to muito feliz. Com pouco. Mas tô.

Ignorar a irritação faz ela passar às vezes. A culpa eu corro atrás e elimino. O pouco me deixa feliz.

Minhas ultimas horas foram isso aí. Obrigado pela paciência. Apaga a luz quando sair, por favor.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Café e paranóia.

Acabo de encher um recipiente de café bem quente e forte. Não usei açúcar, simplesmente encho xícaras após xícaras e bebo.

O café me relaxa tanto quanto um banho quente, bem tomado.

Porque preciso relaxar?

É minha cabeça que esta cheia.

Nada tão grave, mas bastante perturbador.

Sabe quando você erra em uma atitude? Pode ser bem simples... Mas você arrisca querendo agradar e... erra.

Não, não estou exagerando. O meu erro foi verbalizado. Sem pena.

Isso ainda não faz da coisa, uma grande coisa. Mas né... Ainda é uma coisa.

E por não sai da minha cabeça.

Sou realmente paranóico. É horrível ser paranóico. E eu sou paranóico, logo devo ser horrível.

É o tipo de coisa que se pode simplesmente esquecer, sabe?!

Quer um exemplo?

Não há necessidade de eu levar um presente. Mas eu vi aquele DVD que era a cara da pessoa. Fui lá e comprei. Aí ela diz que não gostou.

Sinceridade pra você.

O fim do mundo pra mim.

Tudo bem, não exatamente o fim, mas uma bomba nuclear pelo menos.

Aí eu preciso que isso seja verbalizado, sabe? Poder abrir o jogo e dizer que fiz essa cagada e ouvir alguém me dizer que não foi grande coisa.

Que eu posso ter errado no presente, mas que já acertei antes, em outras coisas.

Mas, sinceramente, você iria querer me ouvir falar sobre uma paranóia dessas?!

Não?

Então...

Aí a paranóia piora. O agravante tem nome: Insegurança.

Sou um paranóico inseguro.

Então matematicamente sou insuportável pra maioria dos seres humanos.

E aí?! Engulo isso e durmo feliz?

Não dá.

Café.



- ... o meu é puro e sem açúcar, por favor.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Eu tenho quase certeza, eu tenho quase certeza, de que estou no lugar errado.

As pessoas somem um milhão de anos e de repente acham simplesmente que podem reaparecer. E ainda por cima so reaparecem pra desestabilizar a sua cabeça.

- Oi Leo!! Lembra de mim?!

A resposta certa seria: Não.
Porém, talvez esta resposta fosse muito rude. Não gosto de ser rude. Gosto de ser legal. Por isso, dou uma chance a pessoa e enquanto lhe mostro um sorriso torto, mergulho la nos confins da minha memoria:

- Claro! (Sorriso) Como você esta?
- Ah! Eu tô otima!

Eu não menti completamente, pois também não gosto muito de mentir. Eu lembrava dela, so não lembrava de onde, nem do nome. Lembrava que ela era um pouco mais nova e que me escreveu um cartão de natal...

RA!

Lembrei o nome dela...

- Que bom!! Como tem passado, você ta estudando?
- Ah, tô levando a vida né... Sabe como é... Tô fazendo faculdade e trabalhando de dia
- Sei como é, também faço isso... Meio cansativo não é?!

Pronto! Ela era da minha antiga escola! Lembrei completamente agora! Ela me dava parte do lanche dela e me ajudava na monitoria da turma. A gente competia pra tirar as melhores notas. Ela batia nos outros garotos. Garotos esses que diziam que ela gostava de mim. Pensando nisso agora, talvez eles tivessem razão, porque ela me tratava muito bem. Mas eu era idiota e nunca reparava nessas coisas, sempre fui ruim em entender as garotas. Mas sempre fui gentil com ela. Tai... Gente boa essa menina, muito bom encontra-la.

- Ah, Leo! Olha minha filha!

E puxa uma foto de um bebe.

- Filha??!
- Eh! Ela é minha filha! Linda, né?!

Bom, neste momento eu deveria responder: Não. Ela é igual a qualquer bebe. Pelo menos pra mim.

Mas sei que sou ruim com essa coisa de criança, e como é tudo igual mesmo, não quis ser chato.

- Aé, muito bonito seu bebe. Mas vem ca, você não esta muito nova, não?!

Nessa hora eu me arrependi amargamente de ter perguntado. Ja pensou se ela responde: -Ah, é que eu fui estuprada... Engravidei e não achei certo abortar.

E depois de dizer isso ela poderia começar a chorar e eu não saberia onde enfiar a minha cara. Por sorte, ela respondeu outra coisa:

- Ah, Leo! Para!

E riu. Otimo, se ela tivesse sido estuprada, não ia rir. Fiquei mais tranquilo. E mais aliviado por minha amiga não ter sido estuprada. (Sim, eu sou paranóico a esse ponto)

- Leo, você parece meu pai! Ta sempre todo certinho e preocupado! Para, garoto!

E riu mais.
Mas eu não achei graça. Não gosto de ser certinho. Quando as garotas dizem, na verdade querem dizer que você é idiota.

- Ah! Não sou não... Eh que acabamos de sair das fraudas, né...
- Que isso! Ja estamos bem grandinhos... E eu semrpe quis ter um filho. Lembra?
- Lembro sim... Mas e o pai?
- Ah... Ele me ajuda...
- Vocês estão juntos?
Ela riu.
- Não... Mas ele me apoia. Nossa, você parece que esta na época errada, Leo!
- Eh, vai ver que estou mesmo...

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Riqueza X Pobreza

Era uma vez a Riqueza. E era em 12 vezes sem juros a Pobreza.

Pobreza guarda pela riqueza um sentimento avassalador. Tudo que a Pobreza queria era ser a Riqueza.

A Riqueza por sua vez não queria nada, ou ela era, ou mandava comprar. E comprar a vista, em dinheiro.

Certa vez a Pobreza depositou todas as suas fichas (literalmente todas) na esperança vã de ganhar la loteria.

Nesta mesma vez a Riqueza saiu para curtir um meio de semana na praia e gastou sem querer, num impulso, dinheiro suficiente pra cobrir o premio da loteria.

No dia seguinte a Pobreza deu azar e perdeu na loteria. Ao mesmo tempo que a Riqueza deu azar e um de seus investimentos não rendeu o esperado.

Com essa onda de azar a Pobreza morreu de fome, pois não tinha mais fichas pra comprar comida. E a Riqueza morreu de rir, pois descobriu que pra comprar comida se precisava de tão poucas fichas.


Moral da historia: Para pobreza a esperança era a Van. Ja a Riqueza o motorista vem buscar, com a Esperança de carona.

domingo, 5 de setembro de 2010

Cuti-Cuti

Mistério mesmo é o que se passa na cabecinha de uma criança.

E não, não estou usando um tom doce e delicado para escrever isso. Só os tolos acreditam que crianças são mesmo doces e delicadas.

Em um momento elas estão sentadinhas ouvindo o "tio" tocar piano. Na fração de segundo seguinte elas estão tacando fogo no pé do "tio" do piano.

Crianças são tão imprevisíveis quanto o tempo.

Alias, muito mais imprevisíveis. Afinal a gente sabe que o tempo atende a uma lógica: Ou ele vai ser exatamente o que disse a meteorologia, ou vai ser exatamente o contrario. Sendo que 85% das vezes caímos na segunda opção, o que faz do tempo 1382 vezes mais previsível que uma criança.

Você nunca sabe se uma criança vai se comportar...

Se vai chorar. Falar. Vomitar. Latir. Explodir alguma coisa. Sorrir. Olhar pra foto. Estar dentro do que vai explodir.

Você nunca sabe, por exemplo, se ela vai gostar do desenho animado mais fantástico do mundo, ou se vai chorar quando o boneco roxo e esquisito começar a sorrir.

Crianças são violentas.

Você pensa: Ah! É só uma coisinha que baba e suja fraudas! Que mal ha nisso?!

Mas e quando elas correm pra cima do cachorro e puxam o pelo do bicinho?!

E quando elas pegam o controle remoto e tacam pela janela do 10° andar?!

E quando elas querem, por que querem, que o boneco voe e acabam tacando ele no ventilador?!

E o pior! E quando elas pegam o ventilador e tacam no cachorro so porque ele não quis perseguir o controle pela janela do 10° andar???!

E tem mais, filhotes de gente são engenhosos!

Enquanto você pensa em mil maneiras de fazer o bebê sossegar ele ja bolou 3 planos pra fazer o cachorro pular da janela do 10° andar.

Tolo é quem pensa que crianças não são inteligentes. Elas são tão inteligentes quanto os golfinhos.

E os golfinhos, como é sabido, é mais inteligente que os macacos com pouco pelo que usam calças.

Não pense, porém, que eu odeio as crianças. Não é bem por ai, eu só respeito sua inteligência, sagascidade e, porque não, crueldade.

Sim, crueldade. Porque você pega um bebê no colo e a primeira coisa que ele faz (se não for chorar, vomitar ou expelir baba) é puxar a sua barba.

Sei que ela não quer me fazer sentir dor, sei que é sem querer. Mas é cruel. Criança é um ser que pode ser cruel sem querer. E isso me da medo.

Filhotes de pessoas são sagazes. Eles sabem exatamente a hora de chorar. Sabem precisamente a hora de não parar. E avaliam com exatidão o tempo certo de deixar os adultos sem dormir. Com isso, o filhote controla a mente do responsável. Pois ou o adulto obedece e faz a vontade da criança, ou se mata. Isso foi estudado por gente grande do mundo inteiro. Virou técnica de tortura nas guerras.

Obvio que ninguém chora no seu ouvido a noite inteira, mas eles te deixam sem dormir. Depois que você esta exausto ele te deixa pensar que pode dormir, ai você começa a começar a dormir e ... voilà! Eles te acordam!

(O conceito de estrategia, no francês stratégie, no alemão strrazwtheqzisie, no balêies eeeesstraaateeeeeeeegiiiaaaa, no bebezês buabua!)

Qualquer um enlouquece sendo torturado.

Qualquer um pode ser ludibriado pelo sorriso falso, fingido de uma criança.


Enfim, bebês são lindinhos, fofinhos e etc. Mas eu prefeiro que as crianças fiquem longe.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Eu vou de bicicleta. E você?



Eu trocaria facilmente um punhado de políticos por uma ciclovia.

Eu acordo bem cedo aos sabados para andar de bicicleta, meu único objetivo é passar um tempo me exercitando, ouvindo boa musica e apreciando a paisagem. Porém, sempre ganho um bônus.

No ultimo sabado por exemplo pude experimentar livremente todos os caminhos que desejava. Não encontrei nada de bom e resolvi inventar. Vejam, senhores, que sou uma pessoa que sofre, vez ou outra, com um mal chamado labirintite. Viram isso? Então imaginem, o que um cara com labirintite tem que ter ao andar de bicicleta?!

Rodinhas.

Mais o que?!

Cuidado.

Isso!

Agora eu te pergunto o que eu tenho.

O que eu tenho: rodinhas, cuidado ou os dois?

Reposta: Nenhuma das três opções.

Ta, grandes coisas, é so um passeio de bicicleta. O que eu poderia inventar... Andar sem as mãos?!

Exato!

Bati meu novo recorde! Alias, eu nem tinha um recorde pra bater, mas criei uma meta: Andar um Km sem as mãos.

So que dessa vez não vale cair em cima das moças que ficam segurando placas de político.


Nem vomitar.





P.S.: Lembrar de pagar a agua de coco que fiquei devendo no quiosque. Ou então nunca mais voltar naquele quiosque.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

E antes de levar ao forno, temperar com sal Agosto.



Minha historia na cozinha ja é bem antiga, porém pouco variada.

Nem lembro quando eu comecei a cozinhar, mas sei que nunca sai do básico.

Arroz, feijão, assar uma carne... Temperar um frango... Macarrão e etc...

Esses dias eu finalmente me aventurei pelo outro lado da cerca que separa os homens dos fast foods.

Fui preparar uma das minhas refeições preferidas... (Leva batata, obvio)

Eh o tipo de prato que exige de você pelo menos 2 horas pra preparar. São no mínimo oito etapas independes mais as etapas mistas.

Enfim, peguei a receita desde o inicio. Isso quer dizer inclusive sair pra comprar os ingredientes.


Escolher batatas...

O frango...

Os temperos...

E blablabla.

Demorei mais ou menos 3 horas e meia. O que quer dizer que tive muito tempo pra pensar e constatei algumas coisas que gostaria de compartilhar. Sou incrivelmente chato pois:

Prezo pela limpeza mais do que eu imaginava. Sou muito nojento quando o assunto é cozinha.

Não consigo deixar as coisas espalhadas, sujas e desarrumadas. Lavo todos os talheres apos usar, e não fico usando um milhão deles. Simplesmente lavo e uso o mesmo (quando é possível usar o mesmo, obvio)

Faço tudo melhor quando escuto musica. Sim, eu cozinho escutando musica.

Odeio que fiquem por perto enquanto cozinho. A não ser que a pessoa esteja na mesma vibe cozinheira que eu, nesse caso tudo bem.

Reafirmo minha obsessão por odores. Sim, não so cabelos que eu gosto de ficar sentindo o cheiro, é tudo, inclusive comida.

Não ligo muito pra comida, até que tenha alguma na minha frente. Coloque comida perto de mim e eu viro um animal selvagem.

E por ultimo, mas não menos importante, percebi que não sou nem um pouco ruim na arte de cozinhar. O produto final da minha aventura fica realmente bom. Pelo menos pra mim e pra quem ja comeu um prato preparado por mim.

domingo, 22 de agosto de 2010

É melhor andar a pé...

Quando dizem que andar de ônibus é mais perigoso que andar de avião eu concordo plenamente.

Vou separar três acontecimentos reais na minha vida no transporte publico.


1 – O meu ônibus leva uma fechada de outro ônibus. Meu motorista fica irritado e usa o freio de mão para sinalizar a irritação (Odeio quando os motoristas usam o freio de mão como buzina). Não satisfeito em "buzinar" o motorista tenta emparelhar os ônibus pra xingar o colega. Não consegue.

Já revoltado meu motorista simplesmente joga o ônibus na frente do outro de uma forma brusca e precipitada. Todos se assustam. As pessoas que caíram no chão levantam. Meu motorista abre a porta, o outro motorista também abre a sua. Meu motorista desce do ônibus e sobe no outro e...

...sem aviso prévio ou sinalização ele simplesmente começa a socar a cara do outro motorista. Todos que presenciam a cena ficam chocados. O motorista senta ao volante e segue viagem. Ninguém dá um pio se quer no ônibus.


2 – Meu ônibus encosta no recuo em um ponto de ônibus de um shopping bem popular do RJ. Outro ônibus sem espaço para entrar no recuo e sem paciência de esperar sua vez pára ao lado do ônibus em que eu estava de modo que bloqueia a saída do meu ônibus.

Meu motorista faz a buzininha de freio mais uma vez.

O outro ignora.

Meu motorista o xinga.

O outro coloca a mão atrás da cabeça, em um gesto de quem ta sem pressa pra provocar meu motorista. Consegue.

Finalmente ele ia sair, mas enrola para fazê-lo. Diante disso meu motorista simplesmente acelera o ônibus e bate na lateral do outro ônibus. Alguns vidros quebram, ninguém entende nada. Meu motorista continua acelerando e dando a mínima pros vidros e arranhões. Acelera e vai embora.

Até aí tudo bem. Pior foi que o outro motorista não curtiu muito isso e resolveu perseguir meu ônibus. E o fez.

Meu coração ia à boca. Os dois corriam muito. No fim o outro cara fechou meu motorista, abriu a porta e proferiu palavras cujo significado até hoje não entendo, mas sei que não seria bonito repetir nem em um jantar com o diabo.

3 – Peguei o ônibus tarde da noite. Resolvi ler... Em certo momento o ônibus começou a andar mais devagar... Nem liguei. Me foquei no livro.

De repente eu estava batendo com a boca na cadeira da frente.

O que aconteceu?

Meu motorista dormiu e bateu com o ônibus em um poste.



Dica: Não ande de ônibus.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Eu, minha juventude e meus relacionamentos.

Da vida eu sei muito pouco. Tenho somente duas décadas, o que pra uma arvore é quase nada e pra um ser humano... Bom, depende do ser humano. Pra mim, 20 anos não é nada.

Com 35 eu vou começar a pensar que sei alguma coisa, com 55 vou poder dizer que ja estou aprendendo e com 80 não vou ver a hora de morrer logo.

Brincadeiras à parte, gostaria de escrever sobre minhas experiências de vida, mas não conseguirei faze-lo. Então vou escrever sobre a minha inexperiência de vida.

E nada na minha vida é mais expressivo que meus relacionamentos e minhas crises existenciais.

Hoje em dia a juventude é uma massa que caminha de mãos dadas rumo a perdição. O álcool, o sexo e o analfabetismo funcional regem a nova era.

O que sera do Rock?!

Eu não consigo falar de sexo o tempo todo, nunca fiquei realmente bêbado e, apesar de geralmente não saber escrever corretamente, entendo quase tudo que leio. Quer dizer, sou um sujeito completamente fora de moda. Por isso vivo por pensar em formas de entender o porquê de não estar caminhando junto com os meus. Talvez so este fato seja suficiente pra me tornar normal, afinal é da juventude se questionar e achar que é diferente.

E quanto aos meus relacionamentos... Sei la, acho que finalmente começo a entender o que realmente espero das pessoas, embora muitas pessoas não entendam o que eu espero delas. Visto isso creio ser de vital importância deixar claro pra todos com quem me importo quais as minhas intenções... E aprendi que isso assusta. Mas não quero que tenham medo de mim, quero sim que tenham apresso por mim.

E estão no relacionamento minhas maiores e mais complicadas duvidas.

Atualmente todo mundo se acha no direito de se meter na minha vida, tanto profissional quanto amorosa. Porém, parando pra observar, vejo que na realidade todos tem opiniões vagas e preconceituosas, ninguém, ou melhor, pouquíssimas pessoas sabem o que realmente tenho vivido, ou o que realmente tem acontecido comigo. E, confesso, isso é divertidíssimo. A cumplicidade mora no segredo, talvez.

Enfim, enquanto todos especulam sobre minha carreira e opinam sobre minhas parceiras eu levo uma vida mais leve. E é nessa leveza que moram, agora, minhas duvidas.

Eu faço de tudo pra ser uma pessoa responsável, dou muito valor aos valores da vida. Mas isso tudo não traz reconhecimento nesse estagio da minha vida, geralmente o que busca por aqui é diversão sem limite e prazer sem compromisso. Quando você faz alguma coisa além disso, automaticamente se destaca... Negativamente.

Fico imaginando como os mais velhos me vêem. O que sera que pensam de um cara como eu. Sera que uma mãe aprovaria meu relacionamento com a sua filha? Me acharia louco e afastaria sua prole de mim? E os aqueles a quem devo obediência, sabem a importância que dou as suas opiniões?

Sei la... Não faz muito tempo descobri que ter sentimentos virou uma anomalia e agora começo a pensar que os valores viraram piadas adolescente.

domingo, 15 de agosto de 2010

Sequência de eventos

Penso que as conversas devem ter por objetivo a troca de informações. Isso pode ser divertido, arriscado e até mesmo medonho.

Gosto das pessoas que sabem o que querem dizer e vão direto ao ponto. Aliás, eu queria ser assim... Queria, do verbo: Tento, tento e sempre consigo nunca conseguir.

Eu inicio o dialogo pensando exatamente no que quero dizer, no que quero perguntar e até onde posso chegar. Mas tem gente que antes de nascer pediu a Deus o dom de me confundir.

- Bom, eu não sei direito como tocar nesse assunto então vou direto ao ponto.
- Ok. (Nota do autor: Deus sabe o quanto eu amo e odeio o “ok”)

O ok é composto por duas letras e todas as definições. Sei lá, é difícil continuar uma conversa depois de um ok. Ok, nem todo o ok me confunde... Mas imagine:

- Eu amo você.
- Ok.

Ou

- Eu queria que o que nos temos fosse além da amizade
- Ok

Ok?! Como assim? Ok do tipo: Vai, continua. Ou ok do tipo: Beleza, por mim tudo bem.

O “Ok” é tipo um “coisa”. Serve pra quase tudo. E não serve pra quase nada.

Enfim, ultimamente tenho me perdido completamente em todas as minhas conversas, ou melhor, nas conversas mais importantes. Eu tenho sido o cara do “ok”.

Começo a conversa e me perco antes mesmo de concluir a introdução. Paro e digo: Ok!
E daí em diante todas as coisas saem da minha cabeça... Algumas saem pela boca, mas fora de ordem e sem sentido. Outras saem pelos meus ouvidos, enquanto escuto os outros ao redor.

Enfim, no fim, já não sei mais o que eu quero dizer. E é exatamente disso que eu to falando desde o inicio. Ok?!

Vai para... MIM!

Hey! Um prêmio!

Parece que realmente tem mais alguém além de mim lendo (e gostando) do que escrevo! Yeah!



Eis que a Aymée (uma pessoa com um excelente gosto literário, diga-se de passagem) do blog Os Inversos Dentro de Mim (http://wwwtempo-livre.blogspot.com/) me presenteou com este selo:




Yeah! Merci beaucoup!

E pra não quebrar a corrente e fazer jus ao nome do selo, preciso indicar alguns bípedes pensantes que habitam a grande rede:

http://tequilas-black-bar.blogspot.com/

http://ww-eab.blogspot.com/

http://bebidasenhor.blogspot.com/

http://reflexoesdoallan.blogspot.com/

A bipolaridade os rege.

10 coisas sobre mim:

• Prefiro escadas a elevadores.
• Gosto do frio, o que não quer dizer que eu goste de passar frio.
• Gosto que mexam no meu cabelo. Desde que seja uma mulher a fazê-lo.
• Não sei me relacionar com pessoas.
• Não sei o que as pessoas vêem em mim, mas provavelmente é alguma coisa muito estranha, já que preferem manter distancia e fazer cara de nojo.
• Não sei nadar.
• Descobri recentemente que andar em barcas, navios, canoas e derivados é bem divertido. Desde que esteja acompanhado de alguém que possa me ajudar a caminhar no desembarque.
• Eu lavo as mãos depois que uso o banheiro.
• Sei fracassar em todos os relacionamentos amorosos que me arrisco. E o faço sem querer e sem fazer força.
• Eu tomo banho todos os dias. No mínimo duas vezes.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Eu, meu irmão e o interfone

O interfone nasceu com o intuito de ajudar as pessoas. E o faz, como veremos a seguir, nessas histórias que foram baseadas em fatos reais.

Ele toca, Lucas atende:

- Quem é? ... Porra! Tem uma porrada de apartamento nessa merda! E o cara toca logo no meu pra pedir pra fazer medição de hidrômetro?! Ah! Vá Pah puta que pariu...

Eu escuto e digo:
- Lucas, o interfone não ta no gancho, o cara ta te ouvindo e esperando você responder..

- Aé! (Ele aperta o “abridor”) abriu? ... Ta, já é. É que eu tava dormindo, foi mal aew. Oh! Na próxima toca no 302, beleza?! ... Já é, bom trabalho aew.

Eu deito no sofá um dia, o interfone toca e só estamos eu e meu irmão em casa. Meu irmão ta na cozinha mas está lavando louça, grita:
- Vem cá! Tu num vai atende essa porra não???!
- Não! Daqui a pouco desiste!
- Desiste o caralho! Atende logo!

Levanto e atendo:

- Quem é?
- Opa! Abre aí!
- Quem é, porra??!
- Sou eu! O Ricardo!
- ...
- Abre porra!
- Tu tava onde muleque??!
- Tava jogando bola!
- E pq não levou a chave?!
- Eu nunca levo chave pro futebol! Abre logo! Ta chovendo!
- Eu sei que ta chovendo... Mas não fui eu que mandei tu esquecer a chave...
- Porra!! Chama minha mãe aí!
- Tua mãe num ta aqui
- Puta merda! Onde ela ta?!
- Em casa, no 202.
-... Ah! ... foi mal...

Desligo. Não, não abri.

Interfone toca e eu to na cozinha, ao lado do interfone. Lucas pergunta:
- Vai atender não?
- Eu não, num to esperando ninguém... Se for realmente pra nós, vão tocar de novo.

Toca de novo.
Lucas repete:

- Não vai atender não?!
- Não, odeio telefone e interfone é tipo um telefone. Atende tu.

Ele atende:

- Fala... hum... não, não to interessado... Ta, mas não tem ninguém que possa te atender, eu to ocupado. Não, o resto das pessoas também está ocupada. Vem sábado, sábado a gente pode te atender. Beleza... Bom trabalho aí... Ah! Olha! Não vem cedo não! ... Ta, já é... Té mais.

Curioso pergunto:

- Quem era?
- O pessoal do IBGE
- Do Censo?
- É...
- Porque tu não me falou?! Eu atendia! Eu sou maior de idade...
- É, mas aí tu ia ficar lá fazendo Censo e o almoço só ia sair na janta... To com fome... Sábado meu pai atende. Relaxa...


Só eu estou em casaa, interfone toca:

- Quem é?!
- Oi! Sou eu, a vizinha do primeiro andar, é que eu esqueci a chave do portão com a minha mãe. Será que você pode abrir por favor?!
- Opa! Claro! Mas só se você me der mais daquele bolo de chocolate. Beleza!?
- Hahahaha! Claro!

Ri e abri. Pouco tempo depois escuto: Leo!
Vou lá ver e... Yeah! Ganhei bolo!

Dia seguinte o interfone toca e...

- Leo?! Sou eu de novo... Você quer lasanha?!
- Opa! Claro!
- Então será que você pode abrir?! Esqueci a chave de novo...
- Hahahahaahaha!

E foi assim que resolvi ser porteiro eletrônico.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Escrevo enquanto voo.

Primeira observação é que não nasci para a classe econômica. Tipo, o problema é físico mesmo, minhas pernas não cabem aqui.

Segunda observação: Que mania é essa minha de ficar “em cima” da asa??! Eu escolhi o lugar nas duas vezes (ida e volta) ambas em cima da asa.

#Dica: Se tens medo de viajar de avião, jamais fique em cima da asa. Ver aquela coisinha se mexendo é horrível! E é muito mais fácil você ver um parafuso soltar.

#Dica 2: Se você tem labirintite, não voe. Se voar, já era. Digo isso pois minha labirintite é fraquíssima, mas voando ela se multiplica por uns 15 mil!!
OBS: Neste momento minha cabeça DÓI HORRORES!

Agora há uma turbulência. A asa está balançando. BA-LAN-ÇAN-DO!
E ainda neste instante estou com vontade de ir ao banheiro, mas estou tão tonto que se levantar eu caio.

Falando em cair, a próxima vez que voar tente conjugar o verbo cair em todas as pessoas de qualquer tempo verbal. Se quiser apimentar as coisas ainda mais, o faça durante uma turbulência:

Eu caio
Tu cais
Ele cai
Nós caímos...

...

Meio tenso.

Acabei de pensar numa musiquinha:

“Ô se essa porra não parar de sacudir! Olê! Olê! Olá! Eu vou vomitar!”

Pim Pom!

“Atenção senhores passageiros, aqui quem fala é o comandante...”

Opa! O piloto ta falando!

Isso é uma coisa estranha... Não sei porque ele resolveu falar, será só p aviso de rotina, ou há algum problema?

“... estamos viajando a 12.500 metros do nível do mar...”

Olha seu piloto, acho que eu era mais feliz ignorando essa informação. Sei lá, to dentro de uma lata de dezenas de toneladas, que sacode, faz barulho e nem se quer bate as asas... Saber que isso está a mais de 10 metros do chão já assusta, quem dirá a mais de 12 mil...

“... decolamos do aeroporto de Brasília às 8:34, passamos por Luziânia e agora seguimos em direção a... ao... hã.... é ... seguimos em direção ao Rio de Janeiro...”

PUTA QUE ME PARIU!
A porra do piloto nem sabe pra onde está indo!

Valeu piloto! Sou só tranquilidade agora... Afinal, são só 12.500 metros, né?! Beleza...

P.S.:
Escrito na asa: Não pise.
Escrito no folheto de emergência: Faça como indica a figura.

A figura indica uma pessoa EM PÉ na asa.

PORRA CARALHO! Posso ou não posso pisar na porra da asa???! Alguém pode decidir??!

Aliás! Alguém SABE DE ALGUMA COISA AQUI DENTRO DESTE AVIÃO???!

Ok, preciso de café.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Todo mundo é bom até que se prove o contrario.

Ai o cara chega e diz:

- Ah! Com uma câmera dessas qualquer um vira um bom fotografo!!

Então, diante dessa afirmação você pega a câmera e da na mão do acéfalo e diz:

- Vai la, ô fodão! Vira fotografo ai!

E o cara não consegue nem ligar a câmera! Quem dira conseguir focar...




"...ele é mais leve que o ar! Que o aaaaar ar!"

quarta-feira, 16 de junho de 2010

15 minutos

Acordo e ainda são 5:23. Penso:

Legal, ainda posso dormir mais 17 minutos.

Me viro pro outro lado e o sono me
escapole por entre as pálpebras. Praguejo e penso:

Merda, perdi 17 minutos de sono!

Sento na cama e me recuso a alongar os
músculos. Estou com raiva de mim mesmo neste momento, eu que me foda. E meus músculos também.
Neste momento um bocejo surge forte e imponente, tento lutar, mas invejo sua determinação e força aquela hora da madrugada e deixo-o sair.

Ao sair ele o faz com tanta vontade que me obriga a fazer um movimento desajeitado com a coluna.

Ela estala e
doí mais que um parto.

Sei que nunca pari e nem pretendo
fazê-lo, mas ouvi relatos suficientes de parideiras profissionais e creio saber como deve ser a dor de um parto. E na duvida eu avalio que um parto doi para caralho.

E minha coluna doeu pra
caralho.

Logo, baseado em minhas
próprias conclusão infundadas sobre dores e partos, minha dor se classificou como uma dor de parto. Ponto.

Fiquei sentado ali, meio torto, meio
puto.

Imaginei que se houvesse levantado na hora certa não poderia ficar sentado ali meio torto e meio
puto, teria que levantar. O que me deixaria completamente torto. E completamente puto.

Porém, como eu levantei 17 minutos antes da hora normal, ainda havia pelo menos mais 16 minutos pra perder meio
puto e meio torto.


Constatei em tal momento que deduzi
rápido demais o tempo de sono que perdi. Me perguntei: Será que meu cérebro calcula melhor com sono? Ou será que ele calcula melhor quando eu estou meio torto?

Pensei em como seria extrair do meu
cérebro o seu máximo poder matemático em uma prova de Calculo Numérico e Integral. Me imaginei na sala, no meio da prova, sentado meio torto na cadeira. O professor aparece e pergunta:

- Esta colando?

Respondo:

- Não
digníssimo mestre, estou apenas extraindo do meu cérebro o seu máximo poder matemático!

Ri com tal cena
ridícula. Esta risada movimentou minha coluna de uma forma inesperada fazendo-a voltar a posição normal. Pronto, outro estalo. Estava curado. Pronto, outro parto. Estava puto.

Puto por inteiro desta vez.

Preferi estar completamente torto e de bom humor. Mas não estava. Naquele momento estava
reto e puto. Era o que eu tinha. Era o que eu podia ter. Era tudo que eu poderia usar durante o dia.

5:38h. Levantei.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Tudo esta bem quando começa bem.

Acordei e o frio me prendeu embaixo do edredon.
Ok,não estava la muito frio, mas sou carioca, vivo à 50°C, qualquer coisinha abaixo de 20°C pra mim é frio.

Mas, grandes poderes vem com grandes responsabilidades.

E eu tenho um poder enorme de ficar com sono pela manhã.

Resolvi fechar os olhos por 5 segundos. E eis que meu segundo poder se apresentou, o poder de me atrasar.
Esses 5 segundos demoraram 17 minutos pra passar (Deviam estar com sono, sei la)

Visto isso, tive que sair correndo!
Engoli um café de qualquer jeito, coloquei a primeira roupa que vi pela frente e sai correndo. Sim, correndo, não tenho o poder de voar. (Se vc tem, sera que poderíamos trocar? Eu te dou meu poder de escolher as respostas erradas na múltipla escolha)

Estava tão atrasado que quando vi meu ônibus la do outro lado da rua sai correndo como se não houvesse amanhã pra mim.

E quase não houve, ja que um motoqueiro por muito pouco não quebrou meu pescoço.

Ok, entrei no coletivo.

Ele estava mais ou menos tão cheio quanto a minha paciência.

Arrumei um lugar legal! Consegui até ficar com um dos meus pés todinho no chão! Yeah, baby! YEAH!

Não é excelente?


Não.

Uma jovem pessoa resolveu sacar o celular e ouvir musica.

Era uma espécie de criança cantando. A musica era horrível.

Lembrei que tinha esquecido de colocar meus fones no ouvido.(Sim, lembrar de esquecer as coisas é comigo mesmo) E naquela hora ja era tarde, eu não conseguia levar minha mão até o fone, e se conseguisse não teria como levar ela até o ouvido depois. (Se vc nunca andou de ônibus lotado, deveria, é uma experiência unica)

Tive que ouvir a criança e a guria cantando.

Vc deve estar se perguntando pq eu não bati nela, ou alguma coisa assim.

Mas é que realmente não dava. Juro.


E sabe quando vc olha pro fim do túnel e vê uma luz?

Então imagina quando no lugar da luz você vê um engarrafamento.

Imaginou?

Achou legal?

Pois eu não.

Falei um palavrão. Saiu muito mais alto do que eu queria. Uma senhora ouviu.

Pensei: Ah! Foda-se!

Ai ela tbm xingou.

Pensei: Ah! Foda-se!

Ai ela achou que soh pq estávamos odiando a mesma coisa eramos amigos e começou a falar comigo.



Ignorei-a completamente.

Se isso for pecado, blz, no próximo engarrafamento eu pago.


Constatei que estava realmente PUTO.

Ótima maneira de começar a semana, vc deve estar pensando.

Sim, ótima maneira.

O transito simplesmente parou, mas como faltavam so alguns quarteirões resolvi descer ali mesmo e ir andando.

Não sem antes pisar com toda minha força no pé da garota da musica infantil.


Desci do ônibus e dei cara com um cara.

Vc poderia se perguntar: E dai?!

E eu responderia:

E dai que ele estava COMPLETAMENTE ALTERADO. Xingando deus e o mundo. E ainda por cima ficou me encarando.

Como eu estava puto, encarei ele tbm e fiz cara de mau.

Ele simplesmente CAGOU pra minha cara de mau.

Atingi um novo estagio na escala de irritação.

Como alguém pode me desprezar tanto a ponto de ignorar minha irritação??!

Fui dar aquela olhada superior no individuo. Aquela olhada que começa no pé e vai até o ultimo fio de cabelo.

Ele virou pra tras e continuou xingando alguns palavrões, virou na minha direção e veio andando com passos decididos.

Comecei a olhada pelo pé, mas antes de saber se ele era careca ou não eu desisti de demonstrar irritação e superioridade.

Pq eu sou frouxo?

Sim, exatamente!

Muito frouxo eu diria.

Quando vi uma pistola na mão do sujeito decidi:

De hoje em diante, serei um cara frouxo!


Abaixei a cabeça e sai rapidamente dali. Antes vi ele apontando a arma, me assegurei que não era pra mim e sai correndo.



Agora estou vivo pra contar a historia.

E continuo puto. Porém um pouco mais feliz.

Sei la... Num tava afim de tomar um tiro hoje. Não no dia da estreia da Holanda na copa.



P.S.: Acabou o café.

sábado, 12 de junho de 2010

Dia dos namorados



Hoje é dia dos namorados né?!
Pois eu não tenho namorada, então este dia não quer dizer nada pra mim. Mesmo assim resolvi pensar nele por alguns minutos, procurei argumentos com pessoas sábias:

- Cara, viu que hoje é dia dos namorados?!
- E daí?! Problema é deles!

Pronto, depois desta genial conclusão (que pra mim foi realmente brilhante) pude parar pra dar um rumo ao meu sábado.

Tinha jogo da Argentina, eu não tenho nada contra a Argentina, acho que eles jogam super bem, curto muito ver os jogos deles e por isso às 11 horas sentei em frente à TV e assisti. Melhor jogo da copa até agora. O que não quer dizer que foi realmente um jogão, mas pelo menos se a copa acabar amanhã já posso dizer que vi um joguinho bom.

E ó, créditos a Nigéria, que ninguém deu nada por ela e jogou direitinho.

E ó, créditos ao goleiro da Nigéria, que vai marcar a cor amarela na mente do Messi e dos torcedores da Argentina por um bom tempo.

Acabou o jogo e fui conversar com meu irmão, papo vai, papo vem e quando dei por mim estava interrogando meu irmão sobre a vizinha.

Isso porque ela é uma das gurias mais lindas que eu já vi na vida. Vez ou outra paramos pra bater um desses papos de internet e outro dia a encontrei num barzinho. Fiquei de queixo caído, admito interesse.

Qual o problema com isso?!

Ela tem 15 anos.

Quando me lembrei disso tratei de mudar de assunto. Mas quem mandou essas meninas amadurecerem tão rápido?!

E quem mandou eu ter essa desgraça sobre minha alma que só me faz ficar interessado pelas gurias que eu não deveria ficar??!

Eis então uma coisa pra se pensar no dia dos namorados: Frustrações amorosas.

Só que pra mim não tem muito o que pensar, tem um possível envolvimento na parada??

Ok, vai dar errado.

É simples. Mais garantido que a lei da gravidade.

Por um lado é bom: Nunca vou ter um relacionamento sério e estável.

Por um lado é ruim: Nunca vou ter um relacionamento sério e estável.


Agora aqui, enquanto escrevo, paro para perceber que eu sou inconstante nas minhas observações. Comecei com namorados, passei pra argentina, fui pra minha vizinha, voltei pros namorados e agora estou pensando seriamente em falar de canecas.


Sim, canecas. Provavelmente influenciado por alguma memória distante de uma amiga que curte canecas.

AH! Já sei de onde vieram as canecas!

É que fui procurar um livro na internet e achei o site mais foda e tentador do mundo!

Me falha a memória agora, não sei o link nem o nome. Mas o site é ótimo. E tentador. Sim, já disse isso, mas vale à pena repetir.

Só pra você ter uma idéia eu quase gastei 200 reais nele.

É que eu estava procurando esse livro pra dar de presente a um amigo. Aí nesse site achei uma camisa que seria um presente perfeito pra ele. E achei mais 15 que seriam o presente perfeito pra mim. Das 15 separei 3 pra mim. Uma pro amigo que ia ganhar o livro. 2 pra uma amiga que curte caneca. 1 pra um amigo que odeia o próprio fígado. 2 pro meu irmão, que me ensinou que o problema dos dias dos namorados é dos namorados e que eu, como solteiro, não tenho nada a ver com isso. E uma pra um amigo que curte boa musica, amigo esse que ganharia um chaveiro também. (E a conta parou em 200 porque eu resisti muito em colocar mais duas camisas pra uma guria que eu nem conheço direito e que nem sabe direito quem eu sou, mas cuja admiração por bigodes me chama tanta a atenção que essas duas camisetas quase entraram na brincadeira)

Quem olha assim pensa que eu adoro comprar presentes.

Não. Eu odeio. Mas o site era REALMENTE tentador!

E tipo, na verdade eu queria comprar tudo pra mim, mas não teria tempo de usar então decidi distribuir presentes.

Mas... Se você é meu amigo e se reconheceu nas breves descrições que dei, relaxa, você não vai ganhar nada. No final eu não consegui finalizar a compra.

O site estava congestionado e eu precisava sair pra encontrar minha vizinha, YEAH!, pra ir num barzinho legal que abriu aqui perto.

Agora eu estou indo pro site novamente, mas só vou comprar as minhas camisas.
É... Achei melhor assim... Lembrei do porquê eu odiar dar presentes: As pessoas podem não gostar e você se sentir muito mal.

Pois é, eu tenho vergonha de dar presentes.


Nada mais do que escrevo aqui faz sentido né?!

Então, mudando de assunto mais uma vez, é que isso é o que quis dizer no antepenúltimo post! Existem diversos textos assim na minha caixa de rascunho do e-mail. Escrevo mas não tenho coragem de mandar pra ninguém.

Por que será né?!

Enfim. Feliz dia dos ... Goleiros de uniforme amarelo.


Bjo Messi.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Quinta-feira

Hoje é quinta-feira, quinta para os íntimos, jeudi para os francês e quase sexta para os estagiários, comme dans mon cas...

Em algum lugar perto da minha casa, uma outra casa caiu. Assim começa meu dia.

Minha rotina matinal consiste em ir até um local predefino, onde pego uma carona. Hoje minha carona ligou avisando que seu veiculo estava ocupado, por isso iríamos de taxi.

Taxi é um objeto composto metade por um veiculo automotor, metade por um taxista.

Um taxista é, em tese, um ser humano. Só em tese.

Na pratica o taxista é um tipo ser composto de atalhos e dotado de informações sobre o tempo, religião, pescaria, a vida, o universo e tudo mais. Em alguns casos o taxista é, também, muito bem humorado.


O veiculo pode ser um carro mesmo.


E o primeiro fato curioso sobre meu passeio de taxi foi:

Quando o carro na sua frente para, vc tbm para. Certo?

Errado! Não com o taxista certo (ou errado) ao volante!

Sinal fechou, os carros da frente pararam, baixei os olhos pro meu jornal e...


Peraí, pq meu carro não parou?!

Ah! Tô indo pela calçada...


CALÇADA???!


Depois da calçada foi um posto, um stand de vendas e uma ciclovia.
Fodam-se os sinais fechados.
Fodam-se os engarrafamentos.
Fodam-se os outros.

Aprendi que se vc está com pressa, vá de taxi.

Ok, ok! Talvez nem todos os taxistas sejam assim... Mas sei que aquele não era o único. Fato.

Segundo fato interessante da quinta-feira é:

O dia seguinte é sexta. Sextas são dias regidos pelo deus da sexta, o sexto deus semanal.

Terceiro fato importante a se levar em conta numa quinta é:

Ainda não é sexta.

Por isso, declaro aqui meu sentimento profundo e belo por esse dia tão especial.
Sexta-feira, só não te amo porque o amor saiu de moda, mas te gosto muito.

domingo, 6 de junho de 2010

Escrevo porque é mais fácil...


Sou uma pessoa tímida e problemática, porém sou também uma pessoa que tem muito a dizer pras outras pessoas.

Se a situação tem o mínimo de importância a parte do meu cérebro responsável pela fala TRAVA!

E com ela travada todo meu cérebro começa a entrar em colapso, eu começo a agir de forma errônea e desconexa.

Fico besta em como as coisas rapidamente fogem do meu controle! Às vezes por coisas simples, como uma pergunta besta...

Eu não funciono bem quando tenho um objetivo predefinido, simplesmente porque tenho a mania de tentar prever o que as outras pessoas vão dizer ou fazer:

Eu vou dizer: Bla bla bla bla!
Ela vai responder: Blu! Blu! Blu!

Aí na hora eu digo: Bla bla bla bla!
E outra pessoa diz: Blu?

FODEO!

Tudo já está fora do meu controle, não consigo responder a pergunta pq travei! Tento disfarçar o travamento e ocupo 90% do meu cérebro pra achar uma saída. Os 10% que ficaram responsáveis por movimentar meus órgãs vitais passam a ser insuficientes, com isso meu corpo começa a dar sinais de que estou encurralado, a pessoa começa a perceber isso e ou fica nervosa e começa a errar tbm ou fica nervosa e começa a me achar um completo idiota!

Obvio que a segunda opção é sempre a escolhida. As pessoas sempre me acham um idiota.

Desde que a idiotice saiu de moda eu comecei a me fuder. Ok, a idiotice nunca esteve na moda, eu me fodo desde que nasci.

A solução para meu problema seria, talvez, escrever. Mas cara, as pessoas teimam em achar que escrever é covardia ou é uma tentativa besta de dizer alguma coisa quando na verdade você não tem nada pra dizer.

As pessoas pensam assim. Eu não.

Por mim eu andaria com um bloquinho e tudo seria diferente:

Eu : Bla bla bla bla!
A outra pessoa: Blu?

Eu: Peraí, da um segundinho

Rabisca, rabisca, rabisca (Não conheço uma onomatopéia para a escrita)

Eu: Pronto! Já sei a resposta ideal! Xô ler pra vc...

Voilà!

Ok, ok! Isso pode até ser exagero, mas imagina vc ali, naquele ônibus maldito as 7 da manhã! De repente vc ouve uma musica e lembra que precisa muito falar alguma coisa pra alguém... Mas, né... Vc sabe que precisa, sabe que quer, sabe o que, mas não sabe como... Aí vc pega um pedaço de jornal e uma caneta, começa a escrever mais ou menos alguma coisa parecida, aí vc tira um pedaço pq ficou ridículo, adiciona outro pq faz sentido, coloca mais uma ou duas virgulas... Rabisca mais um pedaço, tira um parágrafo. Coloca mais uma linha e pronto! Perfeito!

Sim, eu realmente faço isso. Não, nunca levei isso a serio, nem nunca mostrei esses textos pra ninguém, mas mesmo assim continuo achando que é tipo a coisa a certa a se fazer.

Até porque acho muito complicado essa coisa de ficar deixando pra pensar na hora, às vezes dá certo, mas às vezes não... e tipo, num dá pra rabiscar e tirar um parágrafo, depois que falou fudeu!

Claro, claro... Tem coisa que é preciso ser dita na hora, num é viável vc pedir uns minutinhos pra escrever uma resposta pra cada pergunta que te fazem...

Na verdade, acho que o problema MESMO, é o inicio da conversa... Isso! Só o inicio... Tocar em certos assuntos é que é mega difícil! É nessa hora que seria perfeito ter um roteirinho escrito no papel... Depois que começou, ótimo, deixa fluir...

Falou merda?! Ta falado.

Falou a frase perfeita? Ta falada (Anota depois que é pra poder usar em outro momento)

Acho que a escrita e fala se completam. A escrita vem no inicio, a fala vem depois.



Mas cá entre nós, o certo mesmo é a comunicação por gestos:

Ta afim? Tasca-lhe logo um beijo!
Num ta gostando? Tasca-lhe logo a mão na cara!
Ta errado?! Joga no lixo!
Não entendeu a pergunta??! Dá de ombro e sai
Não ta funcionando?! Taca no chão!
O colega ta com meleca no nariz?! Aponta! (Seja discreto, pelamordedeus)
E finalmente, as coisas não estão indo bem?! Vira as costas e vai embora!


YEAH, BABY!

sábado, 8 de maio de 2010

Batata ou não bata, eis a questão‏

Batata, não logo penso ser uma...

Eu me acho um ser humano muito pouco inteligente. Diria até que sou muito burro. E isso é explicado pelo numero de coisas que eu não entendo.

Obviamente diversas pessoas lendo isso concordem logo de cara: Sim! O Leo é burro feito uma porta!

E com isso eu discordo, me acho muito mais inteligente que uma porta. Quando afirmo minha falta de inteligência, na verdade não me refiro a falta de capacidade de desenvolver cálculos complexos, de falar corretamente (de escrever sim, nisso sou ruim de fato), de saber explicar o porquê do soluço ou falar sobre a lua e suas crateras, disso eu até sei bastante. Quando falo que me falta intelecto refiro-me, na verdade, a ausência total de compreensão do ser humano e suas implicações.

Com duas horas e meia de vida pude compreender perfeitamente que não sou uma batata, e por esse motivo sou capaz de pensar.

Talvez eu tenha demorado um pouco pra chegar a tal conclusão, admito, mas as batatas são tão legais que precisei repensar algumas vezes se valeria a pena ser gente. Entendi que se eu estava repensando, eu já havia pensado e se eu já havia pensado isso quer dizer que eu era capaz do mesmo, e se eu era capaz de pensar e já o havia feito, eu, inconscientemente, já havia decidido meu destino: Dali em diante eu não mais poderia ser uma batata. Fui tapeado por meus próprios pensamentos.

Enfim, desde então o ser que chamamos gente começou a me intrigar. Mas até ai morreu Neves, o problema maior veio depois, quando eu aprendi a falar e piorou quando comecei a ter sentimentos.

Pois sim, você acha que bebês têm sentimentos?!
Não, eles não têm. Bebês babam, defecam, comem e constatam que não são uma batata, o sentimento só brota depois, mais ou menos junto com o primeiro dente.

Começou aí minha caminhada rumo à ignorância suprema. Foi nessa época que comecei a perceber que quanto mais eu tentava entender o meu próximo, mais longe a compreenção estava.

Você pode até se perguntar "Que diabos ele ta querendo dizer?"

E eu posso até responder "Nada."

Mas o que realmente nos vem a mente agora é "Puta merda, compreensão com ç é foda!"

E ai eu digo: Pois é, isso foi pra provar que certas coisas são fáceis de entender ou perceber. Como os meus, já comuns, erros ortográficos ou gramaticais. Mas existem outras que não. Como os meus, ainda não tão comuns, contatos com os seres humanos.

No fim eu só disse isso tudo por dois motivos:

1 - Não faz muito tempo conversei durante horas com alguém e o hoje eu não sei o que foi realmente dito. Quer dizer, eu converso com a pessoa, acho que ela ta querendo dizer uma coisa, respondo e no fim não entendo porra nenhuma do que ela falou e muito menos do que eu respondi.

2- Sou paixonado por batatas.








P.S.: Outra coisa intrigante do ser humano é que quando falamos alguma coisa e não citamos nomes, 93.82% das pessoas acham que estamos falando dela. Ou tentam desesperadamente nomear os personagens baseados em fatos desconexos. E a prova n° 9842 que não sou uma batata é que eu também sou assim.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Até o bom me parece ruim

Tem gente que acredita em Deus.

Tem gente que acredita na mãe Dinah.

Existem bípedes que crêem verdadeiramente que podem voar.

Tem gente que só acredita no semáforo.

Eu, particularmente, acredito nos riffs, pois eles me farão mais feliz. E acima de tudo, eu NÃO acredito na minha própria sorte.

Até as melhores noticias do mundo, quando chegam a mim já chegam com o maldito “mas...”

Você ganhou na loteria, mas não vai poder ficar com o premio.

Você é um ótimo candidato, mas não atende ao perfil da empresa.

Tenho uma noticia boa pra você, mas só se você pagar 500 reais.

Cura tem, mas...

Você é super legal, mas eu não vou ficar com você.

E finalmente...

... eu tenho um trident, é de canela, ninguém quer, ele é todinho meu. Só abrir e saborear, MAS quando abro descubro ele veio com um pentelho grudado.



Então cara... sei mais até quando vou continuar nessa maré de azar não... Só sei que ta foda... Quando até o mais banal dos teus prazeres diários vai pro caralho, o que te resta?

sábado, 17 de abril de 2010

Ele aprendeu com quem?

Diretora entra na sala de aula e começa a pagar o maior esporro já visto naquele semestre. Os alunos naquela turma ficaram assustados no inicio, sem entender direito o que estava acontecendo. Depois de entender alguns ficaram indignados, porém ainda em silêncio.

Aquele sermão tinha por motivo um evento para o qual a direto batalhou ingressos. Houve uma lista onde os alunos interessados deveriam colocar seu nome, no fim a lista era maior que o numero de convites, o que fez a diretora correr atrás de mais ingressos em outros lugares, teve muito trabalho e no fim ninguém compareceu.

Enquanto a diretora, indignada e furiosa, gritava com a turma um aluno levantou a mão pedindo para se manifestar. Aquilo foi ousado, a diretora acabou deixando-o falar. Eis sua manifestação:

- Vem cá, eu tô tomando esse esporro porque se eu não coloquei meu nome em porcaria de lista nenhuma, a senhora poderia me dizer?

(Texto baseado em fatos reais)

O portão da escola encontrava-se fechado, o aluno tocou a campainha e a zeladora veio atender:

- O que foi?!
- Eu quero entrar, tenho aula agora.
- Você está atrasado, o portão fechou tem uns 15 minutos.
- Que eu to atrasado eu sei, que o portão ta fechado eu to vendo, foi por isso que eu toquei a campainha, pra você vir aqui e abrir ele pra mim. Pode ser?
- E porque você está atrasado?
- Eu estou atrasado porque não tinha ônibus e eu dependo do transporte publico, não sei se você percebeu, mas sou menor de idade e não posso dirigir.
- Você está muito engraçadinho pro meu gosto! Porque sua mãe não escreveu um bilhete?
- Porque minha mãe sai mais cedo que eu de casa e eu não tenho como adivinhar que não vai ter ônibus. E se, depois de descobrir, eu ligasse pra minha voltar pra casa só pra escrever um bilhete eu chegaria aqui só na hora de sair, e pra entrar no turno seguinte eu não ia precisar de bilhete nenhum. Acompanhou o raciocínio?
- Você é muito abusado! É bom você abrir o olho!
- Ta, ok. Mas e portão, você vai abrir ou a gente vai ficar aqui conversando até a hora da saída. Eu já mencionei que tenho aula agora? E que estou atrasado, eu já cheguei comentar?

O portão foi aberto.

(Dialogo baseado em fatos reais)

- Onde ta o desengordurante hein?!
- Pra que você quer o desengordurante?
- Pra beber! Eu to muito gordo e não gosto de regime...

(Pequeno dialogo baseado em outro fato verídico)


Taí, quando eu crescer quero ser igual ao meu irmão. É gargalhada garantida.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Amor em litros

Depois de um estudo minucioso sobre as formas de se transmitir, contaminar, impor, jogar, transportar e infectar com o amor, eu criei minha própria forma de mensurar esse sentimento tão... indefinível.

De agora em diante meço meu amor em litros. Em litros de café pra ser mais preciso.

Isso quer dizer que se eu te amo uns 2 litros, eu na verdade gosto tanto de ti que trocaria dois deliciosos litros de café pra estar com você.

Ou deixaria de bebê-los por você.

Ou voltaria no tempo e me impediria de beber se isso salvasse sua vida.

Enfim, quanto mais litros, mais amor.

Agora o contrario também existe. Meço meu ódio por litros de chá. Litros de chá de maçã sem açúcar pra ser mais preciso.

Logo, se eu te odeio 1 litro de chá de maçã, quer dizer que eu preferiria beber esse mesmo litro a estar junto de você.


A matemática é bem simples, não tem erro. É pá, e pum!

Tudo agora faz mais sentido.







“É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, porque se você parar pra pensar na verdade não há”

domingo, 4 de abril de 2010

Feliz Páscoa!

Em 1782, em um povoado da América do sul vivia Totó, um ser solitário, lendário e apreciador da boa culinária.

Pra Totó o meio termo não existia, era oito ou oitenta, ou você dava, ou você descia.

Certa vez uma tribo do Norte tentou invadir o povoado de Totó, que obviamente não gostou nem um pouco. Não por gostar do seu povo, afinal Totó não gostava nem mesmo da própria mãe. Simplesmente porque Totó apreciava o silencio e a calmaria. Quando a guerra estourou Totó se viu obrigado a terminar com ela, sozinho Totó avançou pelas trincheiras e eliminou todo o povo do Norte.

Totó era um herói super temido por aquelas bandas.

Em determinada época do ano, o senhor Fofon visitava o povoado levando suas iguarias como presentes para o povo. Fofon era adorado por onde passava. Em pouco tempo Fofon virou o símbolo daquela época. Época, por sinal, em que se comemorava um acontecimento antigo, desses que ninguém tem prova, mas todo mundo respeita. Tipo o natal.

Todos aguardavam ansiosamente a chegada de Fofon e suas guloseimas. Afinal, ele agora era o símbolo de uma época.


Porém, certo dia Fofon se perdeu na floresta. Acabou encontrando Totó, que voltava de um culto. Totó era muito religioso. Mas havia um problema...




Totó odiava simbolismo.

Feliz Páscoa aos homens de boa vontade.

quinta-feira, 11 de março de 2010

A menina do elevador

Atualmente a violência tem tornado insuportavel essa coisa de condominios. Eh uma dificuldade entrar neles se você for inocente. Dia desses fui visitar uma amiga e, como sempre, fui barrado na portaria, um porteiro gentil estava segurando a porta, achei que era pra mim e resolvi entrar, fui educado:


- Boa noite!

Ele também foi muito gentil:

- Ta querendo ir aonde??

- Ah, eu quero ir no bloco X, no apertamento Y.

- E é pra falar com quem lah?

- (???) O nome é Fulana.

- Hum... Vai la

- Ok.

Qualquer pessoa normal iria la. E iria numa boa. Eu fui numa boa também, mas fui meio puto, sou um cara muito estressado, odeio quando desconhecidos me fazem perguntas. Estava certo que enfrentaria outro interrogatorio na outra portaria, me preparei pra isso, decorei as respostas e fui.

Chegando la havia uma menina parada na porta mexendo no celular, o certo seria dar boa noite e ser gentil, mas havia deixado minha educação la com o porteiro, ai passei direto e...


... e me fudi.


Dei com a cara na porta. Fui direto para ela, sem nem me perguntar pq a garota estava parada ali sem entrar, empurrei-a (A porta, não a garota) pq onde deveria haver um porteiro jazia uma placa dizendo que o mesmo estava na Mallu janta, ai descobri pq a garota estava ali parada sem entrar, a porta estava trancada, obvio. Quebrei a cara. Antes mesmo de ficar sem graça a garota (Que provavelmente morava ali e não precisava gastar a educaçao dela na portaria) me destinou um sorriso muito gentil e disse:

- Ja tem gente descendo pra abrir.

Confesso que fiquei muito aliviado por ela não ter dito: "Esta trancada" Pq nessas horas todo idiota faz isso, repete o obvio. Ela não. Em vez disso me obrigou a reativar o comando "Educação" no teclado. Devolvi o sorriso. Foi o maximo que o meu pacotinho reserva de educação me pertiu. Fiquei frustrado comigo mesmo, mas finalmente alguém chegou e abriu a porta.

Um cara segurou a porta pra menina entrar, ela foi na frente e quando eu ia entrar ele resolveu sair a largar a porta na minha cara, pensei: " Seu grande filho de uma puta! Opa!" Me enrolei um pouco com a porta e sai correndo pelo pequeno trecho de corredor que levaria ao elevador, fiz isso achando que a menina iria subir e me deixar ali, esperando o proximo.


Me fudi de novo.


Quando cheguei no elevador ela estava gentilmente segurando a porta, imaginei que era pra que alguém pudesse sair e como de onde eu estava não tinha com ver dentro do elevador parei e esperei a suposta pessoa sair.

...


A menina olhou pra mim e fez um leve gesto com a mão.

Caraca! Era pra mim que ela tava segurando o elevador, que burrice a minha! Fiquei sem graça e entrei, apertei o andar, que era X, assim como o bloco, me dei conta disso naquele momento e pensei: "Porra, quando crescer quero um endereço assim tbm. Facim de decorar, mané..."

A menina entrou e continuou mexendo no celular, mas antes me destinou um risinho.



_______Pausa aqui________

Preciso explicar que pra mim um risinho é aquele negocio que os bipedes humanos fazem com os labios sem mostrar os dentes. E pode ser acompanhado de um som, ou não.

O que é diferente de um sorriso, nesse os dentes aparecem. O som tbm é opcional.

Na gargalhada a garganta aparece também, junto com o dente e o som é obrigatorio.

No ataque, além da garganta, se vc for um cara observador, pode até ver um bom pedaço do esofago do elemento sofrendo o ataque. Mas nem todos são capazes de ter um ataque, geralmente as pessoas param na gargalhada mesmo.

Bom, feito os devidos esclarecimentos, posso continuar.

______A pausa acaba aqui _______

O risinho poderia ser interpretado como:

"Ta calor né?"

Ai eu respondi com outro risinho, o meu tbm foi mudo. E poderia ser interpretado como:

"Pois é"

Mas, isso é questão de ponto de vista. Poderia muito bem ter sido:

"Vc é bem idiota, mas eu não sou preconceituosa, vou dividir o elevador com vc"

E a minha resposta poderia ter sido interpretada assim:

"Ta calor né?"

Enfim, mal sei falar português e entender um pouco de francês, ainda querem que eu saiba conversar via risinhos? Pelamordedeus.

O elevador fez uns sons estranhos e começou a subir. Minha mão ficou molhada rapido. Odeio elevadores, pq não fui de escada? Ai pensei que eram poucos andares, fiquei tranquilo, se cair num da pra morrer. Eu acho.



Chegamos.
Digo chegamos pq como ela não apertou nenhum outro botão achei que ela estava indo pro mesmo andar que eu. Ela disse: "Boa noite." Abriu a porta e sorriu (Sabe, mostrando os dentes? Então. Foi um sorriso mudo) Ai ela saiu e eu fui atras, afinal era o meu andar. Ai ela virou onde eu ia virar e voltou rapido, me assustei um pouco e ela disse:

- Opa! Andar errado!

Pensei: "Tudo bem, isso acontece!"

Disse:

- Tudo bem, acontece.

Ela sorriu de novo, agora com um som. E foi embora dentro do elevador.

Ai pensei "Porra, ela errou o andar mesmo? hahahahahahaha! Coitada!"

Ai toquei a campainha.

---Privacidade aqui ---

Quando estava indo embora, fui acompanhado até o corredor pela pessoa que fui visitar.

Nessa hora disse a coisa mais idiota que alguém poderia dizer: "Odeio vir aqui"

Caralho! Na mesma hora me arrependi. Me expressei mal, idiotas semrpe fazem isso, espero que a pessoa não tenha levado pro lado pessoal. Espero mesmo. Tentei explicar (Todo idiota tenta explicar suas idiotices. Eh tipo uma lei. Logo apos a merda, piore-a tentando explica-la. Paragrafo unico): "Eh que sempre me param na portaria..."

Obvio que isso não seria suficiente pra corrigir uma cagada dessas, dã! Ai resolvi contar a historia da menina do elevador. (Essa é meio que outra lei: Depois de piorar bastante a merda, mudar de assunto e fingir que nada aconteceu. Afinal, merdas cagas não votam ao cu. Dizia o poeta)

Ri um pouquinho e o elevador chegou. Me despedi (possivelmente pra sempre) e fui.

Entrei no elevador e ali havia um pequenino ser apoiado na parede do elevador, tranquilo, como se andar naquilo fosse super seguro... Invejei a criança.

Me encostei na parede ao fundo do elevador e descemos. Descer é ainda mais tenso. O elevador parou. Mas antes fez outros barulhos assustadores. Resolvi ficar parado ali, onde era seguro e esperar o garotinho ir até porta abri-la, mas antes dele alguém abriu a porta por fora e a ficou segurando para que saissemos. Ok, o guri saiu e eu fui atras, nessa hora vi quem estava segurando a porta pra mim.

- Oi! ... De novo... - Disse ela.

E dessa fez foi quase uma gargalhada. Quase! Mais um pouquinho e eu via a garganta. Sorri também, mas foi um sorriso mudo. Extenso, mas mudo.

terça-feira, 9 de março de 2010

Sono

Uma pessoa comum dorme 8 horas por dia. Uma pessoa feliz dorme 10. Uma pessoa com muitas obrigações e pouco dinheiro dorme mais ou menos 4.

Enquanto escrevo isso estou morrendo de sono. Ainda é cedo, mas não importa, alias, acho que cedo é quando eu mais tenho sono.


Talvez eu seja uma especie de ser viciado em sono. Ou talvez meu corpo simplesmente seja normal e precise dele.

As vezes fico pensando, qual é a primeira coisa que as pessoas pensam quando acordam?

Na(o) amada(o)??
No time de futebol?
Alcool?
Sexo?
Musica?
Chocolate?
Onde vou almoçar hoje?
No dia que vem pela frente?
Na noite que ficou pra tras?

Eu penso em dormir. Sim, a primeira coisa que eu penso toda manhã é em quanto tempo falta pra eu voltar a dormir.

Mentalizo meu dia.

Estagio até umas 18 horas, faculdade até umas 23... Mais 40 minutos até entrar em casa, mais o tempo da comida pra ser aquecida, mastigada e engolida, mais o tempo do banho... Sera que em 20 minutos eu faço tudo isso sem ter uma indigestão? Bom, acho que da sim. Legal! Então so faltam 17 horas e meia pra eu voltar a dormir!


17horas?


Não sei você, mas eu acho isso muito tempo. Ai fico triste. Abro o olho, desligo o despertador e me levanto. Isso talvez explique meu mau humor matinal. Talvez não, talvez eu fique de mau humor por outros motivos.


Ja li em algum lugar que tem gente que acha gente problematica um charme. Se isso fosse lei eu irradiaria charme por kms...

... Ja não me bastavam os TOCs?