quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Cinema

Já tive fases e fases no cinema. A fase atual é desastrosa.

E por desastre entenda entrar na sala de cinema e em vez de ver filme, ver problema de projeção.

Quando acontece só um vez, você até pensa: Ah! Ok! Hoje eu não tive sorte... Só isso.

Mas e quando são duas vezes?!

Ou três?!

E em sequencia?!

Sim, pois ultimamente eu tenho ido muito ao cinema. Sabe, eu adoro cinema. Até sozinho eu vou quando não consigo arrastar ninguém comigo. Mas eu gosto de ver filmes. Não de ver problemas.

E agora vou dizer como foi a ultima dessas minhas três visitas ao cinema.

Consegui levar um amigo e um irmão.
O filme era uma grande produção.

Meia hora de trailers e propagandas.

E voilà! Começa o filme... A imagem lá, na tela grande...

Ou melhor, parte da imagem na tela e parte da imagem na parede.

Alguém deveria reclamar, mas ninguém se manifestou. Obviamente que eu não fiquei parado. Não sei você, mas não curto muito a idéia de ver metade do filme na tela e metade na parede.

Saí correndo da sala em busca de alguém que me pudesse ajudar.

Nessa hora eu percebi que não havia nos corredores do cinema uma plaquinha: Ajuda.

Ok, cinema não é windows.

Fui até o final dos corredores e achei um infeliz com o uniforme do cinema. Fui na direção dele e ele abriu a porta pra eu sair. Quis dizer: “Não quero sair, seu idiota! Quero ajuda pra ver o filme!” Mas disse:

- O filme da sala 5 tá com problema!

Ele aparentemente me ignorou, fechou a porta que tinha aberto pra eu passar e virou pro outro lado:

- Ô rebeca, ta com um problema num filme lá...

Olhei pra Rebeca, que aparentemente era o neurônio dominante ali:

- É, na sala 5. O filme tá cortado e parte da projeção ta na parede.

O gênio que olhou pra mim enquanto eu falava com a Rebeca fez o seguinte comentário GENIAL para a Rebeca:

- O filme ta cortado.

A Rebeca que estava olhando pra mim enquanto eu falava olhou pra ele e perguntou:

- Quem ta lá?!

Quis responder:

“Um monte de gente que pagou pra ver o filme na tela, em vez de vê-lo na perde??!”

Mas a pergunta não foi pra mim.

O gênio respondeu:

- Não sei.

Pensei em um palavrão. No caso, o palavrão foi: Puta que pariu.

Nisso outro funcionário passou por ali. Rebeca o chamou:

- Marcelo, quem ta na projeção da sala 5?

E ela o fez na maior calma! E eu ali, perdendo o filme...

O Marcelo foi andando e sentou do lado da Rebeca, ignorou minha cara de indignação e perguntou pra Rebeca:

- Não sei, por quê?

Rebeca usou todo o seu domínio da língua portuguesa pra responder:

- Ta com um problema lá

O terceiro neurônio do grupo, Marcelo, perguntou:

- Que problema?

Respondi, antes que outro pseudo ser humano ali respondesse:

- Ta pegando fogo num pedaço da tela!

Não achei que isso ia funcionar. Mas né, subestimei a burrice deles.

Marcelo saiu correndo numa velocidade que me assustou! Fui correndo atrás, achando aquilo o máximo!

Ele entrou na sala cinco e ia andando em direção a tela, como se pra resolver um incêndio você precisasse ir colocar o seu nariz nele. E eu corri pro meu lugar.

Evidentemente ele percebeu que a tela não estava pegando fogo , mas não tinha mais como me achar no escuro do cinema.

E já que ele estava ali, e o filme estava na parede, ele resolveu chamar alguém pelo radio e o problema se resolveu. Antes disso ele saiu da sala e o filme continuou ruim, pensei que teria que convencer outra pessoa a sair do cinema e inventar outra tragédia. Mas enquanto eu tentava fazer isso o filme voltou ao normal.

Como diria o Dr House:

"People lie for thousands of reasons. There's always a reason."

Ver o filme pelo qual você pagou pra ver, na minha cabeça, é uma ótima razão.

Moral da história: Nunca subestime a falta de inteligência e falta de boa vontade de alguém que pode resolver o seu problema.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Dias difíceis.

São so 9 e meia da manhã e eu ja detonei meia jarra de café. Sozinho.

Isso faz com que algumas vozes soem na minha cabeça.

As vozes dizem: Exagero. Exagero. Úlcera. Exagero. Exagero. Exagero.

Normalmente essas vozes me fariam parar. Elas me fariam levantar e jogar todo o resto do café fora. Mas hoje elas não estão funcionando.

Eu ja tive problemas por causa do café. Quem me conhece sabe disso. Mas eu também ja tive problemas com a empresa que me presta serviço de telefonia movel e nem por isso as pessoas me pediram pra tirar ela da minha vida.

Então tô ai. Eu e o café. Firmes, fortes e sem açúcar porque hoje eu não tô pra brincadeira.

Duas coisas tem um grande destaque na minha vida. Digo coisas, não pessoas.

Essas coisas são o café e os elevadores.

Cada uma esta de um lado. O café esta no lado bom. Os elevadores estão no lado ruim.

E eu tô ali, entre o bem e o mal.


Me desejem sorte, ou sentem comigo pra tomar um café. Mas subam de escada, essa é minha dica.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Gafe

Vamos listar gafes cometidas por mim um amigo de um amigo meu?

Ok, vamos la...

- Oooooiii! Quanto tempo!!
- Eita! Fulana??? Nem te reconheci! Da ca um abraço!
- Nossa! Nunca imaginei que ia te encontrar por aqui! E eu quase não te vi!
- Pois é, e eu quase não te reconheci!
- Aé, mudei muito?
- Não, não muito... Teu cabelo ta diferente, né?!
- Pois é! E Você! Caraca! Você ta de barba! Tive que olhar duas vezes!
- Hahahaha! E você cara, o que fez com aquela cabeleira toda?!
- Ah! Eu não aguentava mais! Resolvi mudar sabe?
- Tô vendo! Da uma voltinha...
(ai a pessoa da uma voltinha)
- Você ta mais gorda?

Fim de papo.

Se você acha que nosso herói morreu ligue para: 0800 42 sexta feira 88 jogo da velha vírgula
Se você acha que nosso valente e sincero amigo sobreviveu ligue para: Alguém desocupado e marque um programinha legal para essa noite
E se você acha que nenhum dos pedaços foi encontrado ainda ligue para: Sua prima que mora longe

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Mudando de assunto, sera que podemos continuar falando sobre a mesma coisa?

Mudar de assunto (ou fugir do assunto) é uma arte. Sim, arte mesmo, exige um dom ou muito treinamento e esforço.

Desde aquela "mudada" de assunto cara de pau, até aquela discreta que é capaz de salvar um relacionamento.


Se eu fosse o tipo de pessoa que para pra estudar o comportamento e peculiaridades do ser humano(cof cof), eu iria dedicar algum tempo a esse estudo. O estudo da evasão argumentativa.

Apesar de não fazer o perfil "pessoa que estuda e analisa pessoas" o tempo todo(cof cof de novo), em alguns momentos do meu dia isso é inevitável. O engarrafamento, por exemplo.

No engarrafamento de hoje, lembrei de uma conversa de ontem. Uma conversa onde a fuga do assunto principal se mostrou tão evidente que achei que era piada.

Na ocasião eu ri.

Não era piada.

Fiquei com cara de idiota sem graça.

Fingi que cai na conversa fiada e deixei o assunto ser mudado. So minha risada ficou sem explicação.

Sabe quando a pessoa é extremamente cara de pau?

Tipo assim:

- Nossa, ela é linda!

- Aé?! Cê acha? Ela é mais bonita do que eu?

- ... (Tensão no ar) ... Não. Você viu que o Papa tava vestindo um chapéu estranho na missa que passou na TV ano passado?

E ai que eu me pergunto se isso não é uma afronta a inteligência da pessoa.

Não sei se é mais uma das minhas doenças mentais, ou se é com todo mundo, mas coisa comum na minha vida é ver gente mudando de assunto assim. Na cara de pau.

E não fique ai pensando que eu não faço isso. Eu faço sim. Eu também mudo de assunto e também sei ser incoerentemente cara de pau. Mas geralmente quando o sou tenho por objetivo ser desmascarado. Chamo isso de doce.

Mudo de assunto para que a pessoa possa se sentir a vontade para fugir dele se for desconfortavel pra ela continuar. E quando o faço na cara de pau é porque na verdade eu quero que ela fique no assunto e diga algo do tipo:

- Ah! Não vai mudando de assunto não!

Assim eu fico mais a vontade porque sei que dei a chance de a pessoa abandonar o tema e fico mais confortavel por ela não o ter abandonado.

Mas no geral a pessoa ou não percebe minha intenção ou se quer percebe que houve uma mudança no assunto, ou percebe tudo e prefere realmente não voltar a falar daquilo, seja aquilo o que aquilo for.

Entendeu?


Mas vou admitir uma coisa aqui, so entre a gente... Eu sou muito ruim na arte da fuga.

Sim, sou um câncer dessa arte.

Algumas vezes as pessoas me deixam a vontade e eu não penso, so falo. Nessas horas acabo por deixar "escapulir" certas coisas... Entro em um breve pânico, onde rezo para a pessoa não ter dado atenção e logo em seguida engato uma fuga. Geralmente em vão.

Ha também as vezes em que sem querer entro num assunto que ou me inibe ou me irrita. E é nesse momento em mostro toda a minha falta de talento:

- Você realmente fica incomodado com isso? Porque não faz sentido isso não é pra incomodar, essa coisa é assim mesmo e não vai mudar e você tem que se acostumar porque...

- Uhum. Reparou que agora eles colocaram câmeras nos ônibus?

Sim, eu realmente uso a pior desculpa. E a que menos faz sentido. Eu ajo como se fosse novidade uma coisa que ja esta tão velha e manjada como andar pra frente.



Conclusão. Sou bom em reparar quando mudam de assunto, mas sou péssimo quando é a minha vez de mudar.

E não sei explicar isso... Talvez porque hoje eu tenha atendido a um telefone onde eu deveria falar francês, mas na hora o francês simplesmente SUMIU da minha cabeça e eu acabei falando inglês.

Me toquei que isso era errado e que eu não sou bom em inglês e fui me desculpar e explicar e so no meio da explicação me dei conta que ainda tava no inglês e comecei a gaguejar e misturar inglês com francês e ...

Enfim. Mudei de assunto.




P.S.: Percebeu a piadinha do "Mudei de assunto"?
Percebeu que explicar uma piada é uma forma de desviar a atenção do ouvinte/leitor do objetivo principal?
Percebeu que eu tô mudando de assunto mais uma vez?

Alors, cette c'est ma heure... i gotta go... arrivederci

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Tô pensando em reativar meu blog.



Quero um espaço pra falar sobre meu cotidiano, um espaço maior do que os 140 caracteres do twitter.

Ai você me pergunta:

Nossa, Leo, teu cotidiano é tão interessante assim a ponto de você precisar de mais espaço?

E ai, se você perguntasse realmente isso, eu responderia:

Não.

Objetivamente falando, minha vida e meu cotidiano não são muito interessantes. Quer dizer, não tão interessantes quanto a de uma estrela Pop, por exemplo, mas ele tem la suas peculiaridades.

Sem contar que eu gosto de dividir experiências . Inclusive, talvez até principalmente, as inúteis.

Por exemplo, hoje mesmo estava eu trafegando por via muito movimentada do Rio de Janeiro quando um pequeno acidente ocorreu.

Eu estava em um ônibus e estava em pé de frente pra uma janela, o que me daria uma visão muito boa do acidente, não fosse o detalhe de o acidente acontecer com um outro ônibus.

Os ônibus são altos e o carro bateu na lateral do ônibus. Na lateral oposta a que eu tinha visão.

Quer dizer, eu podia ver nitidamente todo o lado direito do ônibus que se envolveu no acidente, mas o carro resolveu bater no lado esquerdo, lado esse que eu não conseguia ver.

Conclusão, eu ouvi o barulho, mas não vi nada.

O que tem de interessante nisso?

Nada.

Mas acho curioso o fato de ser tão curioso.

Eu explico.

O fato de não ter conseguido ver o acidente me deixou extremamente inquieto.

Você deve me achar um tremendo fofoqueiro agora. Talvez eu até seja mesmo. Mas a questão, pra mim, não era comentar. Se eu tivesse realmente visto o acidente eu não ligaria a mínima pra ele. Mas so por eu não ter visto, eu fiquei com vontade de ver.


Isso é normal?


Resposta provável:

Não.

sábado, 6 de novembro de 2010

Eu e as listas de chamada.




Existe uma coisa no mundo acadêmico chamada lista de chamada.

Conhece?

Na teoria era só um pedaço de papel, onde no topo são colocadas algumas informações sobre a turma... Como numero, horário da aula e etc.
Na parte de baixo cada aluno presente escreve seu nome.
O objetivo é que com isso o professor pode controlar a freqüência dos alunos. Geralmente este método é utilizado quando o professor esquece a pauta dele em casa, ou na secretaria... Ou até mesmo esta com preguiça.


O funcionamento é, aparentemente, simples.

O aluno sentado em uma ponta da sala escreve o seu nome e passa a lista para o aluno sentado imediatamente atrás. O ultimo passa para o aluno ao lado e esse passa pro que esta imediatamente à frente. Seguindo este raciocínio a folha de papel passa por toda a sala de aula e todo mundo assina.



Na pratica, nunca é assim. Sempre dá merda.

E aí eu pergunto: Cara, que tipo de ser é tão incompetente a ponto de não conseguir seguir uma sequência tão simples?!

Sempre tem um amiguinho do lado pra quebrar a corrente.

Então, meu caro, se te perguntarem por aí o que me tira do sério, você pode responder:

Gente idiota que não sabe passar lista de chamada.

Então, será que eu posso falar um pouco com você sobre minhas ultimas horas?


Posso? Obrigado, você é muito gentil.

Para explicar exatamente todas as minhas ultimas emoções, eu teria que detalhar e narrar muitas histórias, isso tomaria muito tempo e seria tedioso pra quem lê. Mais tedioso, talvez. Então, em resumo, posso simplesmente publicar trechos e deixar que você mesmo entenda. Do seu jeito.

Primeiro eu queria falar de uma espécie de irritação. Aquela que te consome vagarosamente e que você se sente mal por se deixar levar. Na verdade, você não queria sentir aquela irritação por aquele motivo. Mas sentiu. Paciência.

A minha, no caso, veio por ter que ver pessoas dizendo a outras pessoas o que eu queria, aliás queria há muito tempo, ver elas dizendo pra mim.

Porque isso me irrita?

Olha, sinceramente, é difícil explicar. Só estando na minha pele.

Se bem que... Talvez não precise estar na minha pele, mas precisaria no mínimo ter estado perto dela nos últimos tempos. Aí faria sentido. Pode acreditar.

Enfim, eu acho que às vezes a pessoa precisa ouvir certas coisas. É importante pra um entendimento melhor das circunstancias. Até porque deduzir é muito complicado... Objetividade, sabe? Ouvir sem meio termo. E sem terceiros, de preferência. Só Pá e Pum. Eu e você, você e eu. Tiro e queda.

Afinal, existem coisas que são desagradáveis de se ouvir, mas não por isso sejam menos importantes. Eu penso assim. Sou ruim em verbalizar as coisas, mas o faço por achar que é, realmente, necessário.

E olha, falar não é tão fácil quanto parece, mas ouvir... Ah! Ouvir, meu querido, é muito, muito mais difícil. Mas tem que ser feito. Ponto.

E às vezes o momento passa. Você não ouve o bom, só o ruim lhe chega aos ouvidos... Aí tua boa vontade se esvai. Cansa. E quando você vê o bom chegando a outros ouvidos que não o seu, tu se questiona. Questiona os teus merecimentos. E é assim que se fica puto, irritado. E é pelo mesmo motivo que você repugna a própria irritação.

Aí chegamos ao segundo momento, que é quando você tenta ignorar a própria irritação. Finge que esta tudo bem. Até porque você não tem mais o que fazer... Não dá pra simplesmente exigir explicação. Você não foi suficiente, não foi feliz. Já era, senta e abre uma cerveja. A vida segue. Paciência.

Escolho a vida sem irritação. E o que acontece?

As coisas fogem ao meu controle. Você tenta argumentar com as pessoas, sobre coisas banais. Aí com algumas você consegue. Outras preferem pular fora e te deixar falando sozinho. Mas sempre tem aquela que fica. Fica até o fim. Não te deixa falar, fala antes. Reclama. Chora. E você, faz o que?

Outra emoção cruel. A culpa.

Nem era por ela que você estava realmente irritado. Mesmo assim a culpa vem, senta e toma um pouco do teu café... Sem nem pedir.

Conheço gente que vai embora. Ignora a culpa. Simplesmente não se preocupa.

Talvez estejam certos e eu errado.

Mas a culpa, quando é minha, não me deixa. Impossível ignorar. Prefiro correr atrás, resolver o que for. Aí posso ir dormir. Antes disso não.



Tudo resolvido? Mais problemas?

Não.

Já se perguntou por que eu queria ouvir?

Então, é porque eu também queria falar.

Eu tinha coisas pra falar. Tinha não, tenho. Todos têm. Às vezes não conseguimos, esquecemos por um segundo, o silencio fala mais alto... Enfim... O que importa é que no fundo, sempre tem uma historinha banal.

Ou uma historinha importante.

Sabe aquele clichê do fazer o que gosta?

Pois é realmente legal.

Mas ser reconhecido, nossa! É muito mais legal.

Só que em certos momentos é difícil dividir a alegria desses reconhecimentos. Pra você aquilo foi uma GRANDE coisa. Você rapidamente vai lá naquela pessoa que você gosta e que esta mais próxima e fala logo. Diz logo o que aconteceu. Não tem tempo pra explicar, mas diz que aconteceu, o resto a gente conversa depois.

Aí depois ela nem lembra mais.

Isso não é exatamente triste, é um pouco engraçado até. Você se sente meio bobo, infantil. Acha que ficou feliz com pouco. E ficar feliz com pouco é muito bom. Eu adoro ficar feliz com pouco. Coisas pequenas geralmente me alegram. Pode ser meio esquisito, mas esse sou eu.
E é isso aí, to muito feliz. Com pouco. Mas tô.

Ignorar a irritação faz ela passar às vezes. A culpa eu corro atrás e elimino. O pouco me deixa feliz.

Minhas ultimas horas foram isso aí. Obrigado pela paciência. Apaga a luz quando sair, por favor.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Café e paranóia.

Acabo de encher um recipiente de café bem quente e forte. Não usei açúcar, simplesmente encho xícaras após xícaras e bebo.

O café me relaxa tanto quanto um banho quente, bem tomado.

Porque preciso relaxar?

É minha cabeça que esta cheia.

Nada tão grave, mas bastante perturbador.

Sabe quando você erra em uma atitude? Pode ser bem simples... Mas você arrisca querendo agradar e... erra.

Não, não estou exagerando. O meu erro foi verbalizado. Sem pena.

Isso ainda não faz da coisa, uma grande coisa. Mas né... Ainda é uma coisa.

E por não sai da minha cabeça.

Sou realmente paranóico. É horrível ser paranóico. E eu sou paranóico, logo devo ser horrível.

É o tipo de coisa que se pode simplesmente esquecer, sabe?!

Quer um exemplo?

Não há necessidade de eu levar um presente. Mas eu vi aquele DVD que era a cara da pessoa. Fui lá e comprei. Aí ela diz que não gostou.

Sinceridade pra você.

O fim do mundo pra mim.

Tudo bem, não exatamente o fim, mas uma bomba nuclear pelo menos.

Aí eu preciso que isso seja verbalizado, sabe? Poder abrir o jogo e dizer que fiz essa cagada e ouvir alguém me dizer que não foi grande coisa.

Que eu posso ter errado no presente, mas que já acertei antes, em outras coisas.

Mas, sinceramente, você iria querer me ouvir falar sobre uma paranóia dessas?!

Não?

Então...

Aí a paranóia piora. O agravante tem nome: Insegurança.

Sou um paranóico inseguro.

Então matematicamente sou insuportável pra maioria dos seres humanos.

E aí?! Engulo isso e durmo feliz?

Não dá.

Café.



- ... o meu é puro e sem açúcar, por favor.