Não foi do “Era uma vez”, da cegonha, ou a sementinha que o papai colocou na barriga da sua mamãe. Ok, de certa forma até pode ter sido, mas a semente se chamava espermatozóide e ela não entrou pelo umbigo.
Coisa que nunca entendi completamente foi a discriminação do sexo.
Quero dizer, as pessoas falam de morte e de dor. São preconceituosas. Ofendem. Matam. E algumas até compram CD de axé. Tudo isso é discutido e comentado sem o mínimo pudor ou vergonha em qualquer esquina. Mas e o sexo, o que ele fez pra ser tão censurado?
E isso não é sobre você fazer, não fazer, fazer muito, fazer mal, fazer pouco ou fazer sozinho. Isso é sobre esconder o que é obvio.
Dizer coisas como “fazer amor” também, na minha ingênua e porca opinião, é umas das formas de censurar o sexo.
É o mesmo que mandar alguém ir tomar naquele lugar.
Todos sabem que o lugar em questão é o cu. E não, não serve ânus, orifício corrugado ou qualquer coisa assim. Se alguém te manda ir tomar, é no cu e ponto final.
Vejo falta de respeito e sinceridade como coisas diferentes.
Não to fazendo apologia a banalização da coisa. Acho que o sexo é algo intimo. Algo que fica entre as duas, três, quadro ou seja lá quantas pessoas participaram daquele ato. O que importa é aconteceu com eles, é assunto deles.
Coisas como entrar num elevador e falar: “Porra, ontem comi a Fulana! Teve uma hora que ele fez um negocio com as pernas que...” Enfim, talvez a Fulana não esteja de acordo em ter o seu trunfo do lance das pernas revelados assim, na cara de pau na frente de todos no elevador.
Mas se o cara, numa conversa amigável, comenta: “Ontem eu e a Fulana transamos” Isso é problema dele, ele é livre pra expor sua intimidade pra quem bem entender. Tomara que a Fulana também.
O que eu acho uma palhaçada é parar a frase no meio, quando chega a hora de falar de sexo. Ou evitar o assunto. Mas né, talvez a verdade seja que sexo não é assunto, é ação. Sexo não se fala, se faz.
Então, aqui, estou errado. Aproveitem um dia frio.
Um comentário:
E não tem nada demais, se a gente nasceu com uma vontade que nunca se satisfaz!" *-*
Aeê, finalmente publicou.
E "Fazer amor" é uma das expressões mais escrotas ever, só pra constar.
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