Sim, eu sou um cupim.

Um show do móveis e todo o resto do mundo que se dane.

Eu acordo cedo, vou pro estagio, depois vou pra faculdade, depois corro pra casa pra tomar banho e sair, 24 horas acordado. E mesmo assim vale TODA a pena.

Os caras nem tocam as musicas que eu quero, mas nem assim é possível reclamar.

Uma boa banda é que faz um bom show.

E toda noite de show do móveis é mágica.

Feita declaração de sempre ainda me resta o resto da noite.

Primeiro que esse período eu tenho ESTRADAS. Matéria cujo índice de reprovação é 80%, professor já deixou isso bem claro.

Depois dessa aula linda fui pra um ponto de ônibus e esperei. Esperei e esperei mais.

Finalmente casa e banho. Banho foi uma grande invenção dos animais.

Aí meu corpo já estava pedindo arrego. Até que seria o rolex me tirou da realidade idiota que é a vida e pronto.





P.S.: Festivais são legais porque dá pra descobrir coisas novas. #bandaTereza

P.S.2: As bandas nunca começam o show com suas melhores musicas e sim termina o show com ela. # prifiroQuandoElaTiraoVestidoaDescontrolada

P.S.3: Motoristas de 269 da madrugada são engraçados, eles acordam os passageiros nos pontos principais gritando.

Existem pessoas e pessoas.

Era manhã e eu estava irritado e com sono.
Tudo normal.
Fiz sinal pro ônibus e consegui espaço suficiente pra colocar 1/3 do meu corpo. Quer dizer, dia de sorte.

Choveu um pouco e isso foi o suficiente para aquelas coisas bípedes que alguns chamam de pessoas fechar todas as janelas.

Lembrando que moro no Rio de Janeiro, atualmente a temperatura média é de 50ºC. De irritado passei a um nível incalculável. Ira total.

Se não fosse o suficiente sempre tem alguém que nos lembra do lado negro da força:


- Bora motorista!

Se tem coisa mais irritante que gente que fica falando pro motorista ir mais rápido eu não lembro agora.

- Deixa de ser lerdo!


- Fecha essa porta que já ta cheio!

Eu tinha certeza que estava chorando sangue, tamanha era minha ira.

E parece que não era só eu.

- Como é que é motorista! Anda logo! Deixa de ser...

- Cala a boca PORRA!!!!

Sabe aquela voz que parece um trovão? Sabe aquele som que cala todos os outros ao redor?!

Pois é.

Acho que até o motor se calou porque depois desse grito o dono da voz só sussurrou. Mas todo mundo conseguiu ouvir.

- Ou você cala essa boca ou você vai a pé.

Silêncio.



O motor voltou a funcionar. Algumas janelas se abriram. E acho que algumas pessoas até voltaram a respirar. Só algumas.











Imponência; ou você tem, ou você não tem.

Toc, toc, toc...

Quando eu leio ou escuto isso não penso em ninguém batendo a porta... Pior, eu penso:

Transtorno obsessivo compulsivo! Transtorno obsessivo compulsivo! Transtorno obsessivo compulsivo!

Eu sei que não tem a mínima graça. E sei bem. Já sofri e ainda sofro muito com isso.

Você sabe o que é uma criança não conseguir brincar de pique cola pq se o coleguinha tocava meu braço esquerdo pra me colar eu PRECISAVA que ele tocasse da mesma forma o meu braço direito???!

Nunca dava certo, eu não conseguia ficar parado! Eu TINHA que ir até ele e implorar que batesse no outro braço! Ou tentava eu mesmo simular o toque...

Agora vc imagina se aparece um espírito de porco e te da um soco violento no braço, achando que aquela imbecilidade era uma brincadeira, e vc simplesmente precisa que ele soque o outro braço também... Sim, vc sabe que vai doer... mas... mas... mas você precisa daquilo, é como uma droga.

Agora imagine o quão triste é a vida de um viciado.

E nesses casos você não vê propagandas na TV pra incentivar a busca por ajuda. Não! Nesses casos a TV só faz tua situação piorar.

Já ouviu falar de TOCA? Transtornados obsessivos compulsivos anônimos?

Pois é, eu não...


Se tivesse sabido, ou se isso tivesse realmente existido...

Quantas vezes eu abraçava minhas próprias pernas sentado em canto escuro no meu quarto e chorava em silencio?

Quantas vezes não aparecia alguém e perguntava pq eu estava triste e eu dizia: Nada, não... Eu só queria uma toca. E ninguém me entendia?

Se eu tivesse tido ajuda, se tivesse sido compreendido talvez eu hoje não fosse esse projeto de ser humano com problemas graves de relacionamento.

Quem sabe agora eu estivesse no telefone conversando com uma garota bonita, fútil e normal. Ou até mesmo marcando de ir pra algum aglomerado de pessoas alteradas pelo álcool. Mas não...

Cuidados cotidianos

Toc, toc!



- Entra.

- Oi chefe, eu estava ali na minha sala e terminei os dois relatorios do ultimo projeto. Tem mais alguma coisa pra eu fazer?

- Não, esta tudo pronto.

- Então eu vou ficar sem fazer nada?

- Não, pode pegar suas coisas e ir embora.

- Serio?

- Serio.

- Que legal!

- Eh. E nem precisa voltar. Você esta demitido.

-...







Se alguém me pedisse algum conselho, eu daria o seguinte:



Nunca, de jeito nenhum, jamais, pressione seu chefe.





Livrai-nos de todo o mal
E que os meus chefes nunca cheguem nem perto deste blog. Amém.

Cinema

Toda criança normal e que tem algum dinheiro vive indo ao cinema.

Eu não.

Talvez eu não seja tão criança assim.


Mas o que eu sei é que finalmente depois de um tempo razoavelmente longo eu voltei a ocupar aquelas cadeiras.


Tenho deixado um intervalo muito grande entre uma visita e outra, não sei mais direito como funciona.

Mas tinha um filme 3D em cartaz e sabe a quanto tempo eu não via um filme 3D?

Muito tempo...


Tanto tempo que na minha epoca o oculos era bem mais simples e podia leva-lo pra casa no fim...

Agora tem que devolver. Infelizmente.


O filme começou, ou melhor, antes ainda teria que ver trecho de filmes infantis... Que merda.


Perai, que merda nada!

Toy Story 3D também é maneirão!!

Ai acabaram os filmes infantis e eu ja estava mega empolgado com aquela tecnologia que fez o rabo daquele dinossauro parecer a centimetros de mim.

Quando de repente...


O Johnny Deep PULA NA MINHA FRENTE!

wow!

Até ai tudo bem... mas tu sabe o que é ver o sorriso daquele gato da Alice tão perto da sua face que vc seria capaz de sentir o halito dele???

Se não sabe eu digo:

FODA!



No dia seguinte, ainda não satisfeito vou no mesmo cinema buscar novidades. Eis que uma pessoa me indica um filme e pergunta:

- Pq não ver agora?

Passei alguns segundos pensanso naquilo e respondi pra mim mesmo:

- Topo, topo. Pq não? Vamos cair pra dentro...

Me deixei levar e quando menos percebi estava vendo um filme de zumbi!

Cara, nunca iria ver um filme de zumbi... E o pior, estava gargalhando com um filme de zumbi...



Bom...

Agora eu não vou mais ficar longe do cinema, talvez hoje eu veja mais um filme pra bater meu recorde.

Outra coisa que mudou é que agora eu tenho regras, as minhas regras. Que são minhas, mesmo eu tendo copiado boa parte delas.


E eu, que nunca tive problemas com palhaços, agora tenho. Não, não tenho medo, nem pavor. Tenho aflição. Ver um palhaço me obriga a imaginar a cabeça dele sendo esmagada.


Eu também passei a gostar muito de azul. E queria ligar meu cabelo ao pelo da crina de um cavalo e assim poder controlar ele.


Enfim... Sei nem mais o que dizer.







Regra 32 – Enjoy The Little Things

Saí correndo!

As vezes a hora do almoço é a melhor do dia.

Só as vezes.

Um dia desses foi. Pelo menos eu acho que foi.

Era hora do almoço, então desci pra almoçar.

O clima era um pouco quente. Uns 39°C... na sombra... e em baixo d'água.

Cheguei ao restaurante. Escolhi minha comida. Comi.

Ainda tinha algum tempo, por isso fui ler meu livro no shopping ao lado do lugar que comi. Sentei num banco e comecei a ler. O livro é ótimo, prendeu minha atenção. E como não poderia? Um Rei, personagem do livro, quando envenenado delirava cantando Nirvana. (Nota mental: Declamar letras de rock ao ser envenenado)


O mundo ao meu redor corria em sua velocidade normal, até que uma senhorita para perto de mim e pergunta:

- Tem outro restaurante desses (e apontou pra um restaurante atrás dela) do outro lado do shopping?

Respondi que não sabia. Ela se deu por satisfeita e foi embora.

Continuei a ler.


Outro ser humano parou do meu lado e perguntou de uma forma um pouco esquisita:

- Sabe onde fica o DETRAN?

Olhei atrás de mim e dos lados, procurei uma plaquinha escrita "Informações". Afinal, só podia ter uma dessas em algum lugar.

Não tinha. Me convenci que eu, provavelmente, tenho cara funcionário de shopping. (Ou de taxista, afinal se tem alguém que vive pra dar informação pra gente perdida esse alguém é taxista. Ou ainda vai ser.)

Essa minha reação demorou alguns segundos talvez. Mas o elemento continuava na minha frente sem mudar a expressão. Eu não sabia se ele estava me encarando ou se ele era capaz de ver além de mim (Vai que ele tem visão raio X??). Porque era a impressão que eu tinha, que ele estava focado em uma sujeirinha no encosto do banco, e era como se pra ver essa sujeirinha ele tivesse que olhar através de mim. Era bizarro.

Finalmente respondi:

- Fica no final desse corredor.

E apontei pra ele o corredor. Era justamente o corredor em que ele estava, só precisava girar 180 graus e seguir em frente. Mas em vez disso ele continuou olhando a sujeirinha no meu banco. E coisa de um segundo depois perguntou:

- Esse aqui?

Eu fiz que sim com a cabeça e fiz um gesto com a mão, meio que indicando novamente a direção.

Ele se virou um pouco, o suficiente pra ver a direção em que deveria tomar. Olhou pra mim de novo e perguntou, focando bem a sujeirinha no banco (Que a essa altura já deveria estar vermelha de vergonha):

- Como é lá? ... É verde... Ou é azul?


- ...

Caxias

Sabe aqueles momentos que ouvimos na mente a voz do Nando Reis cantando "A vida é mesmo coisa muito fragil, uma bobagem, uma irrelevancia"?

Pois é.

Gosto muito da minha cidade, mas vai ter um trânsito ruim assim no inferno.

Estava eu, ali, dentro daquele pequeno carro vermelho, cheio de faixas escritas em negrito AUTO ESCOLA, quando meu instrutor sugeriu que entrassemos em uma via de trânsito rapido.

Opa! Legal... Vamos nessa.

Ha um motivo para o nome da via ser "de trânsito rapido". Os carros andam rapido nela.
E assim foi.

Eu estava ali, dirigindo numa boa. Respeitando os limites de maximas e minimas até que sem nenhum sentido ou aviso prévio uma van, dessas que fazem transporte publico irregular simplesmente parou.

PAROU NO MEIO DA PORRA DA VIA! E SEM SINALIZAR!!!!

Obviamente eu mantinha a distancia de segurança. Tinha ali uns 3 ou 4 segundos para uma manobra evasiva.

Mas perai! Ninguém me ensinou como se faz uma manobra evasiva!

Obviamente ao mesmo tempo que uma van passa de 80 Km/h pra 0, eu constatei que precisaria pensar rapido e agir de forma cuidadosa. Legal, se eu não me sentisse capaz de fazer uma manobra evasiva eu simplesmente pararia meu veiculo, tinha tempo pra isso. Tudo tranquilo. Dos 4 segundos que tinha, um eu gastei com essas deduções, ainda tinha 3. Permita-me narra-los:


O primeiro segundo eu gastei reduzindo e reparando (muito assustado) que a porta do motorista da van estava sendo aberta. Sim, a van parando no meio da rua e o motorista abrindo a porta dele ao mesmo tempo. Deduzi então que eu deveria parar o meu veiculo, visto que seria arriscado cortar com o pouco espaço que sobraria entre a porta da van e os carros no sentido contrario. Tranquilo né?

NÃO!

Vamos ao meu segundo segundo:
Nele eu olhei para o espelho, afinal não se deve parar um carro sem ter certeza que esta parada é segura pra vc e os outros (né motorista da van??!). E foi ali, olhando aquele espelho que vi o que podia ser meu fim.

Vi a figura robusta de um ônibus. (Nesse momento tbm uma coloração verde ficou gravada na minha mente. Não sabia bem o pq) Tal ônibus crescia numa velocidade incrivel naquele espelho. Rapidamente olhei pra frente e vi que a van tbm crescia a minha frente!


Com um veiculo tão grande e com um crescimento tão rapido localizado a centimetros do seu para-choque traseiro (E nisso vc pode até colocar um duplo sentido que não vai fazer diferença) não é la muito comum que vc relaxe e deixe ele chegar. Não no meu caso. Eu ia fugir dali, teria que cortar a van. Estava decidido. Nenhum objeto grande (ou mesmo pequeno) crescendo iria encostar no meu para-choque traseiro. Ah, num ia mesmo.

Seta mais que depressa pra esquerda.

Terceiro e ultimo segundo.

Olhei pro meu retrovisor pra poder entrar em segurança na faixa ao lado.


Choque.


Ali, me cortando a toda velocidade estava outro ônibus, igual ao primeiro.


E foi ali que percebi o porquê de minha mente estar com aquela cor verde marcada. Olhando melhor percebi do que se tratava.

Eram dois deles. E ai que eu te perunto, o que vem na mente de um sujeito, que ainda esta aprendendo a dirigir, quando percebe que esta cercado por nada menos que DOIS caxias?


Meus labios, preocupados em informar meus pés o que estava acontecendo, afinal la embaixo não dava pra ver, simplesmente sussurraram:





- Fudeu.