quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Days of our lives

Penso que durante os períodos da vida, cada ser humano tem um punhado de problemas pra resolver. São como as chuvas, cada época do ano é previsto que caia um determinado volume.

Hoje o dia foi mais ou menos como uma dessas catástrofes da natureza, quando cai num único dia o volume de chuva esperado para o ano todo.

Abri o olho e minha cabeça latejava.

Não adiantou fechar os olhos de novo, minha cabeça ia explodir, era fato.

Levantei de uma só vez. Sabe o lance de retirar o curativo rápido pra não doer?!
Então, não funciona. Nem com o curativo nem na hora de levantar.

Fiquei de pé muito rápido e perdi o equilíbrio, derrubei o ventilador e ao tentar salva-lo bati com a cabeça na quina do meu armário.

Precisamos sempre lembrar, amigos, que quando uma coisa está caindo o esforço pra tentar salva-la só vai ampliar os danos. Fato, creiam-me.

Agora eu chorava, involuntariamente. As lagrimas vem com a dor, e só caem por um dos olhos. Pensei num palavrão, mas acabei gritando outro. Era muito cedo, acordei meu pai. O ponto positivo foi ter alguém pra me ajudar.

Vida que segue, estava atrasado, tomei banho e corri. Corri em vão, corri pra fila.

Exame em mãos voltei pra casa, nem abri. Senti-me uma menina que após a camisinha estourar, faz o exame e tem medo de abrir e ver o resultado.

No meu caso a cesariana tiraria de mim um pedaço de matéria morta, se eu fosse a menina a operação lhe tiraria um pedaço de matéria que chora.

Já mais tranqüilo com minhas brilhantes conclusões e refeito de minha masculidade, entrei em casa e fui pra cozinha.

Comer faz bem em momentos difíceis. Comi rápido, pois ainda tinha coisa pra fazer e estava sem o café da manhã.

Comi tão rápido que vomitei.

Como eu já tinha acordado meu pai, ele ficou preocupado, pais preocupados adoram levar filhos a médicos.

E o que os médicos fazem?

Dizem que você está enjoado por causa da dor.

Ótimo, me dá um Vicodin então, porra.

Mas não, médicos gostam de fazer as coisas certas, como devem ser.

O problema é que isso me atrasa. Mas tudo bem, meu outro compromisso estava dormindo ainda.

Volto pra casa, tomo remédio, reponho o alimento que fugiu no vomito.

Anoto que o motivo da dor é a alergia, que preciso lavar o ventilador.

Neste momento lembro que não há necessidade de limpar o ventilador, ele está quebrado, em mil pedaços no chão do meu quarto.

Viram?! Há males que vem para... Para piorar as coisas.

Corro pra internet, preciso resolver meus problemas online, tenho que fazer isso rápido pq mais tarde to planejando sair pra resolver meus problemas de coração.

Não, não com o meu cardiologista, com a namorada mesmo.

Mas, como nem tudo são flores, a faculdade não me deixou resolver de forma online meu problema. Teria que ir até lá... Mas tudo bem, essa hora minha namorada já tá saindo com outras pessoas.

Aliás, como ela tem feito muito nos últimos tempos, nem lembro direito como ela é.

Será que ela ta me traindo?

Bom, se estiver, tomara que seja com um cara bonito e que não precise de remédios controlados.

Enfim...

Muito apropriadamente uma amiga que acabou de ficar solteira me liga, ta na fossa. Isso não é bom pra ela, mas pra mim serve pra eu perceber que há sempre alguém mais fudido do que eu.

Eu sou um poço de bondade ignorando meus problemas pra confortar os outros. Feito isso, percebo que minha dor ta passando. YEAH!

Fui fazer um almoço, como disse, comer é sempre uma coisa que me acalma.

E cozinhar é uma terapia.

Finalemnte amolaram minha faca. Mas que alegria, meu povo! Que alegria!

Ponto a favor: O corte é mais preciso, consigo deixar o filé do jeito que eu quero.
Ponto contra: O corte é mais preciso, consigo arrancar um pedaço do meu dedo.
Mas é coisa pouca, nem vai fazer falta.

Comida no fogo, venho pra cá, escrever no blog, pois disso eu sinto falta, sinto falta de falar dá minha vida para os outros.

Feito isto, vou comer, essa tarde vou encontrar uns amigos e passar a noite na faculdade resolvendo pepino. Aliás, talvez não... Já choveu tanto que talvez a previsão do tempo me dê uma folga.

Um beijo pra quem é de beijo.

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