segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Lost


Esta será uma postagem dedicada ao tempo que dediquei para assistir um determinado seriado de TV. Este post conterá spoilers e conselhos, caso ainda não tenha visto a série faça-me o favor de não ler.

Ou me faça o favor de ler, tanto faz, você é quem sabe o que deveria fazer. Só você. Não o teu amigo, não eu, não o Jacob e muito menos uma porção de terra emersa, menor que um continente, cercada de água em oceano, mar, lago ou rio. Pelo amor de Deus.

Enfim, a série começa com um avião caindo. Até aí ok, aviões caem mesmo, aviões e elevadores. Normal.

O avião se divide em 3 pedaços e o principal cai na praia. Super normal também... Afinal se caísse na água ia dar um trabalho infernal pra filmar os protagonistas molhados e blábláblá... Ah é! Depois de se dividir em 3 pedaços e cair no chão haviam uns quase 50 sobreviventes.

Muito convenientemente dentre os sobreviventes havia um médico, um soldado iraquiano especialista em tortura (o que é importantíssimo pro que está por vir), uma grávida, dois asiáticos, uma menina mimada, um pai que mal conhecia o filho e o filho que mal conhecia o pai (sorte do filho, porque o pai era chato pra cacete), um cão (Sim! Um cão! Ele apareceu lá, livre leve e solto, como se nunca estivesse estado preso numa casinha daquelas de viagem para cães. E nem dopado o cão estava. Muito normal cães viajarem assim.). Havia também entre os sobreviventes uma presidiária e um cara que era meio golpista, meio policial, meio puto com a vida, meio romântico e completamente interado sobre o assunto apelidos convenientes. E mais conveniente ainda, sobreviveram uns 30 e poucos figurantes e um cara careca.

Aí a historia começa.

Avião cai, pessoas gritam e choram, o careca ri e se faz de misterioso, o cachorro late e abana o rabo, o pai grita o nome do filho, o filho eu sei lá, tava em algum lugar tão importante quanto o personagem dentro da séria. O médico vira líder e se apaixona pela presidiária, os asiáticos falam três horas e na legenda parece “ok”, os figurantes morrem de vem quando, aparecem de vez em quando e nunca fazem nada legal. É mais ou menos assim até o final da série.

O que os sobreviventes fazem?!

Entram em conflito pra saber quem manda mais, o médico ou o careca. Os sobreviventes também encontram armas o tempo todo e as usam pro seu jogo favorito: Perder armas.

Sim, toda hora eles arrumam um motivo pra entrar pela mata e perder armas para os nativos.

Ah! Não falei dos nativos...

Existiam nativos na ilha. Eles eram inteligentes o suficiente para se infiltrar no grupo de sobreviventes e burros os suficiente pra ficar morrendo a toa. Sim, porque uns 50 personagem de Lost poderiam ter ficado vivos se simplesmente explicassem o que estavam fazendo.

Mas parece que é a lei da ilha:

Invente uma moda, finja que é importante, seqüestre alguém pra te ajudar, não explique nada e espere alguém te matar pq você não explicou que só queria ajuda para abrir uma portinhola.

Muito conveniente também era o pique das pessoas. Eu não sei você, mas me faça andar meia hora dentro de uma mata fechada e ao chegar estarei exausto. Mas os caras lá não, mesmo sendo um obeso ou um viciado em drogas você é capaz de andar Kms por dia, sem parar, e estar disposto ainda pra ficar dando tiro a torto e a direito. E sim, 90% dos sobreviventes, sendo médicos, golpistas, assassina, dentista ou careca, sabiam atirar.

A ilha era tipo uma ilha dos mistérios. No primeiro dia nego ouviu barulho na floresta e já disse que tinha monstro lá. Com o tempo você descobre que não é monstro, é só um careca que vira fumaça. Normal.

Uma instituição cientifica habitou a ilha nos anos 70/80, por isso todos os estabelecimentos que os sobreviventes encontravam eram rigorosamente estilosos.

Os personagens principais são meio chatos. Um é um careca que me irritou nas primeiras temporadas pq era chatíssimo com esse lance de “tudo acontece por algum motivo” o outro era um médico que se apaixonava toda hora por uma heroína e não comia ninguém. Em vez disso, o cara vigarista/policial/piadista pegava as mulheres dele. Desde uma policial que saiu direto do filme SWAT até uma médica cuja cara de nojo lhe foi implantada numa cirurgia, passando pela assassina que não sabia quem queria.

Enquanto a séria seguia o pai gritava pelo filho, o filho sumia, o cachorro aparecia encontrando sempre alguma coisa e sendo mais esperto que os humanos. Vez ou outra um figurante aparecia e ganhava voz, mas isso não foi nada. Nada importante. Se bem que a melhor cena de todo o seriado foi protagonizada por um dos figurantes que ganhou um papel na série com o tempo. Era um professor muito chato, mas que morreu de forma esplendorosa, me fazendo chorar de rir.

Aí a temporada termina com um mistério. Tudo nessa porra é baseada num mistério e o maior mistério de Lost é: “Para que eu comecei a ver esta merda?”



Por enquanto eu vou ficar pensando nisso, no porquê ter começado a ver. Afinal, valeu a pena, gosto das coisas que fogem do padrão.

Se a série é boa ou ruim?! Não formei minha opinião direito ainda, tô meio perdido.

Um comentário:

Beatrix Kiddo! disse...

Gente, não lembro qual foi o professor que morreu e que foi engraçado. Mas o resto foi muito bem analisado. Morri de rir.